domingo, novembro 28, 2010

DEMÔNIO (Devil)



M. Night Shyamalan se tornou o diretor mais controverso dos últimos anos. Mais odiado do que amado pelo grande público, ele segue em frente em seus projetos. Desta vez, ele marca o início de sua produtora de filmes de terror. DEMÔNIO (2010) conta com argumento dele, mas roteiro e direção de outra pessoa, no caso John Erick Dowdle, que tem no currículo QUARENTENA (2008), remake americano e pouco respeitado de [REC]. Fui ao cinema sem nenhuma expectativa em relação a esse DEMÔNIO, mas com esperanças que fosse pelo menos competente. E, até certo ponto, até que o filme se sustenta. Pena que não faz o que um bom filme de horror deveria: assustar, produzir medo, ou pelo menos criar uma atmosfera de "aconchegante horror", digamos assim.

A trama é simples, mas tem um bom ponto de partida, como se pode perceber pelo trailer: cinco pessoas que não se conhecem ficam presas dentro de um elevador de um grande edifício. As pessoas que trabalham na empresa têm muita dificuldade de conseguir tanto comunicação com eles quanto de chegar até lá por outros meios. Policiais e bombeiros são acionados, mas quem sabe o que está acontecendo é um latino que trabalha na segurança, que vê o diabo numa imagem rápida na tela do computador e acredita que ele está ali, entre os cinco, já que outra pessoa havia pulado do prédio no mesmo dia. Ele tem outra teoria envolvendo a geleia cair virada para o chão, mas é melhor encarar isso com senso de humor. Afinal, estamos vendo apenas um filme de terror B, sem grandes pretensões, sem astros (Chris Messina é o rosto mais conhecido) e tendo apenas a intenção de causar um pouco de susto na plateia. Mas o problema é que a plateia fica apática ao filme. E isso não é nada bom.

O fato de não ser dirigido pelo próprio Shyamalan torna o filme menos especial, pois até os detratores do indiano não devem negar que ele capricha no visual em seus trabalhos. Talvez se houvesse um personagem mais interessante o filme ganhasse mais força, mas nem o detetive vivido por Messina, nem nenhum dos presos no elevador são personagens suficientemente bons para que a plateia se importe. De todo modo, o filme tem o mérito de entreter e até de enganar a plateia durante sua curta duração. O que já é alguma coisa, embora eu fique na torcida para um filme melhor da produtora de Shyamalan.

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