quinta-feira, julho 30, 2015

SOBRENATURAL – A ORIGEM (Insidious – Chapter 3)



Poderíamos dizer que faltou a mão boa de James Wan, diretor de SOBRENATURAL (2010) e SOBRENATURAL – CAPÍTULO 2 (2013) para que o prequel SOBRENATURAL – A ORIGEM (2015) atingisse o mesmo nível de qualidade. Mas há que se também culpar o próprio roteiro, que não chega a ser inventivo quanto os anteriores. A única novidade mesmo é a forma como o demônio da vez se apresenta para assombrar outra família.

Assim, SOBRENATURAL – A ORIGEM acaba se sustentando bastante nos sustos e nas tentativas de utilizar os clichês a seu favor, como em uma cena tão emblemática de filmes de assombração como o momento em que a personagem olha para debaixo da cama. O que tem debaixo da cama deve ter feito parte do medo de quase toda criança em algum momento e talvez por isso seja tão usada nesse tipo de filme.

Este terceiro exemplar da franquia, assinado pelo roteirista dos anteriores Leigh Whannell, acompanha a história de uma adolescente, Quinn Brenner (Stefanie Scott), que, ao tentar contato com sua falecida mãe, acaba por atrair uma entidade maligna e poderosa, que quer matá-la e se apossar de sua alma. Ela pede ajuda à médium Lindsay Seim (Lin Shaye), a principal chave entre este prequel e os filmes anteriores – ou narrativas posteriores, no caso.

Lindsay se mostra relutante. Pretende deixar de usar o seu dom, pois da última vez, ao tentar usá-lo para entrar em contato com o falecido esposo, acabou por trazer consigo uma entidade que jurou matá-la. Enquanto a jovem Quinn sofre os ataques do demônio, Lindsay vai aos poucos tentando criar coragem para ajudá-la.

Alguns momentos são particularmente bons e surpreendentes. E por isso não é interessante revelá-los aqui - refiro-me a um dos primeiros incidentes com Quinn. A entrada de Lindsay no mundo das trevas para salvar Quinn também é bem interessante, embora não cause nem o mesmo medo nem o mesmo fascínio que provocam os títulos anteriores. O diretor/roteirista acaba optando por um alívio cômico, tanto na figura dos dois caça-fantasmas, quanto em determinado momento do embate de Lindsay com uma entidade maligna.

Ainda assim, não deixa de ser um fechamento relativamente digno para uma das melhores franquias de terror desta década, ao se esquivar de trazer de volta a família Lambert e procurar uma aventura diferente usando uma personagem que agradou o público, como a médium Lindsay. Pode até ser uma sequência caça-níquel, mas diante do atual cenário do gênero esta produção acaba sendo até que bem-vinda.

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