domingo, julho 05, 2015
MEU PASSADO ME CONDENA 2
Quem já viu MEU PASSADO ME CONDENA – O FILME (2013) não pode sair reclamando da sessão de sua continuação, MEU PASSADO ME CONDENA 2 (2015). Aliás, creio que são poucas as pessoas que saem reclamando, já que apesar de ser uma comédia romântica cheia de clichês “inspirados” no cinema americano, as pessoas estão ali para rir das presepadas já conhecidas de Fábio Porchat e se encantar mais uma vez com a simpatia e o charme de Miá Mello.
Um fato que pode gerar um maior interesse, inclusive até entre os que não simpatizaram com o primeiro filme ou com as comédias nacionais como um todo, é a direção de Julia Rezende, que neste ano se mostrou capaz de dirigir uma história de amor muito boa, que não fica a dever às atuais histórias do gênero produzidas em Hollywood atualmente. Trata-se de PONTE AÉREA (2015), o tocante filme estrelado por Caio Blat e Letícia Colin.
Infelizmente, ou felizmente para alguns, PONTE AÉREA não funciona como uma ponte para MEU PASSADO ME CONDENA 2, que volta ao registro cômico e no piloto automático do primeiro filme, que já se aproveitava da boa química entre Fábio e Miá da série de televisão homônima (2012-2013).
O novo filme inverte a situação – de uma lua de mel para uma crise num casamento de dois anos – para permanecer igual, já que há novamente uma viagem envolvida (bom aproveitar para apreciar a paisagem rural de Portugal), bem como um novo quadrado amoroso. O tal quadrado ocorre quando Fábio encontra uma ex-namorada dos tempos de adolescência, Ritinha, vivida pela belíssima Mafalda Pinto, que por sua vez tem um namorado ciumento que em certo momento cria certa tensão com Miá, Álvaro (Ricardo Pereira).
De todo modo, as terras lusitanas fazem bem ao filme, já que há situações que funcionam muito bem, como a própria dificuldade em chegar ao vilarejo, passando pela confusão no velório da avó de Fábio. Isso em meio a um casamento prestes a explodir, devido à insatisfação de Miá com Fábio, que ainda é um meninão. A bronca toda é justamente essa: Miá quer que ele seja uma pessoa mais responsável. Por outro lado, ele, embora não queira a separação, fica um tanto cansado das reclamações da esposa.
Alguns momentos quebram o ritmo da narrativa, como a subtrama envolvendo o avô de Fábio e uma mulher que quer extorquir seu dinheiro. Há também uma leveza excessiva nas cenas do envolvimento de Fábio com Ritinha. Não faria mal se houvesse um pouco mais de tensão e quem sabe um pouco de culpa ali. Mas falar isso seria querer que MEU PASSADO ME CONDENA 2 fosse outro filme, quando a intenção da diretora é mesmo deixar tudo bem leve, fazer com que o público saia da sala com um sorriso no rosto. Mesmo que esqueça o que acabou de ver durante o lanche pós-cinema.
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