sábado, maio 07, 2011
A GAROTA DA CAPA VERMELHA (Red Riding Hood)
A história da Chapeuzinho Vermelho é uma das fábulas que mais está presente no inconsciente coletivo. Mesmo em tempos em que os pais, em sua maioria, perderam o hábito de ler livros infantis para as crianças, a fábula permanece fortemente conhecida por todos, como que por mágica. Já deve ter sido adaptado inúmeras vezes para o cinema e a mais interessante versão talvez seja a de Neil Jordan, A COMPANHIA DOS LOBOS (1984).
A GAROTA DA CAPA VERMELHA (2011), de Catherine Hardwicke, apesar de já não prometer muito, até que começa bem, com a câmera passeando pela vastidão gelada em belos planos aéreos. A direção de arte e a fotografia também são destaques, especialmente quando vemos o detalhe do vermelho da capa da jovem vivida por Amanda Seyfried e o branco da neve. Amanda, com seus belos olhos verde-claros, tem se destacado e conseguido um bom número de fãs desde a primeira temporada de BIG LOVE.
Infelizmente, a fragilidade da trama põe tudo a perder nesta fantasia com misto de horror dirigida por uma cineasta que parece ter encontrado o jovem como seu tema recorrente. Atualmente ela é mais lembrada por CREPÚSCULO (2008), mas foi com AOS TREZE (2003) que ela debutou, já tratando do adolescente. Até quando dirigiu JESUS – A HISTÓRIA DO NASCIMENTO (2006), ela tratou de mostrar uma Maria adolescente.
Talvez o filme não tivesse mesmo que ver a luz do dia. Ainda mais em tempos em que lobisomens já não são mais bem-vindos. Já se tem que aturá-los nos filmes da "saga Crepúsculo" e na série TRUE BLOOD. Assim, alguns atores de respeito como Gary Oldman e Julie Christie acabam tendo que pagar mico em cenas constrangedoras. Lá pela metade do filme, não interessa mais quem é o lobisomem, nem qual dos garotos vai conquistar o coração da mocinha. O que interessa mesmo é saber se o filme está perto de acabar.
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