sexta-feira, dezembro 10, 2010

AS CARIOCAS – A ILUDIDA DE COPACABANA



Falta pouco para acabar AS CARIOCAS (2010). E sabe que apesar de alguns episódios fracos essa série em forma de antologia produzida por Daniel Filho foi uma das coisas mais interessantes surgidas na televisão brasileira nos últimos anos? Este episódio, A ILUDIDA DE COPACABANA, ainda nos presenteia com a presença luminosa de Alessandra Negrini, que ultimamente estava se dedicando mais ao cinema do que à televisão. Sorte nossa, já que ela se mostrou pra lá de desinibida nos dois filmes que fez sob a batuta do grande Julio Bressane – CLEÓPATRA e A ERVA DO RATO. E poderá ser vista em breve em OLHOS NOS OLHOS, o novo trabalho de Karim Aïnouz.

Em A ILUDIDA DE COPACABANA, ela é uma professora de hidroginástica que odeia a babá, que só quer saber de ouvir funk e não dá a mínima para o trabalho. Mas o marido (Thiago Lacerda) não tem a mesma opinião e ela precisa aturar a moça atrevida. Complicando ainda mais a sua vida, o marido não comparece na cama há um tempão, o que deixa a mulher louca, a ponto de se deixar seduzir pelo amigo do marido (Eriberto Leão).

Lá pelo meio, a trama passa a se parecer bastante com a de "O Primo Basílio", de Eça de Queiroz, que o próprio Daniel Filho soube transpor para as telas muito bem e com ares rodriguianos. Mas felizmente há uma solução final bem diferente para A ILUDIDA DE COPACABANA. Diferente e coerente com o tom do episódio, que está longe de ser uma tragédia. Como, aliás, todos os episódios de AS CARIOCAS. A intenção é mesmo trazer para o espectador um entretenimento leve. E eu diria que, dessa vez, eles acertaram a mão.

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