PEIXE GRANDE (Big Fish)
Eita mas que diazinho dos infernos. Voltei a trabalhar. Acabaram-se as férias e como tentei ignorar minha conta-corrente para evitar me estressar nas férias, quando chego, vejo que pra botar a casa em ordem é preciso mais dinheiro do que eu supunha. Isso me deixou tenso pra caramba. Ainda bem que eu não viajei. Se tivesse feito isso estaria mais fudido ainda. Uma massagem nas costas bem que podia ajudar a aliviar. Mas deixa pra lá.
Está faltando eu comentar PEIXE GRANDE, de Tim Burton, que vi na segunda-feira. Vamos lá, então.
É o seguinte: sempre que muitos falam que certos filmes são bastante emotivos e capazes de levar o espectador às lágrimas eu fico logo animado pra vê-lo. Pois bem, depois dos comentários nos blogs da Fer Guimarães e do Rodrigo, lá fui eu conferir o novo Burton esperando uma sessão de choros e lenços. Não foi bem isso que aconteceu. De certa forma, eu até fiquei decepcionado com esse novo trabalho dele.
PEIXE GRANDE é um filme cujo ritmo irregular estraga o ótimo começo. Mesmo assim, destaco ótimos momentos. O melhor momento pra mim é a cena em que Ewan McGregor encontra a mulher da vida dele (a ótima Alison Lohman). Ele fala que quando a gente encontra a nossa cara-metade, o tempo para. «Curiosamente, eu me lembrei de imediato de uma grande paixão que eu tive quando eu tinha dezoito anos. Eu me lembro que eu tenho até hoje uma fotografia daquele momento na minha memória. O sorriso, a jovialidade e a beleza daquela menina ficaram eternizados no meu HD cerebral. Como se o tempo tivesse mesmo parado.» Burton acertou em cheio nessa seqüência ao tornar literal a expressão "o tempo parou". De uma beleza que chega a ser poética.
O filme é repleto de cenas memoráveis, graças às histórias inventadas (ou não) pelo pai do personagem de Billy Crudup. Eu gostei muito da seqüência da bruxa e do olho mágico; da cidade secreta; do gigante; e principalmente da cena do circo. A parte em que Ewan McGregor resolve trabalhar de graça num circo em troca de informações sobre sua amada durante muito tempo remete à história bíblica de Jacó e Raquel.
Até aí, beleza. O problema é que a parte do relacionamento entre pai e filho e a conseqüente morte do pai não despertaram em mim nenhum sentimento forte. É bonito. E só.
Meu Tim Burton favorito ainda é ED WOOD (1994), seguido pelA LENDA DO CAVALEIRO SEM CABEÇA (1999). O próximo filme dele promete. Afinal, vai ter parceria com o Johnny Depp de novo...
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