segunda-feira, maio 11, 2015

MAD MAX



Às vésperas da estreia de MAD MAX – ESTRADA DA FÚRIA (2015), nada como poder ver ou rever MAD MAX (1979), o filme que deu origem à trilogia original e também a este novo filme, novamente a cargo de George Miller. No meu caso, foi a primeira vez que eu vi, já que não era exatamente um aficionado pela cinessérie e a Globo costumava reprisar apenas o segundo e o terceiro filmes – soube depois que o SBT é que tinha os direitos deste primeiro.

Que, aliás, é bem diferente do que se espera, já que não é exatamente uma obra sobre um futuro apocalíptico. É mais um filme de perseguição entre carros e motos em estradas desertas, que depois se transforma em um thriller de suspense sobre um bando de psicopatas, para depois ser um grande e empolgante filme de vingança.

Assim, a primeira metade é estranha, pois o vilão principal se torna tão forte e tão presente que quase conquista o protagonismo. Aos poucos é que o personagem de Mel Gibson vai tomando conta da tela, apesar de podermos lembrar muito bem de sua primeira aparição, para alguns comparada à de John Wayne em NO TEMPO DAS DILIGÊNCIAS, de John Ford.

Na verdade, eu não estava tão empolgado na primeira metade, quando o foco era a disputa entre os foras-da-lei das estradas e os homens que patrulhavam a região. Mel Gibson é Max, um desses homens da lei, que acaba ficando bastante perturbado quando um grande amigo e colega de trabalho seu tem seu corpo totalmente queimado por uma ação dos bárbaros. A saída, para ele, então, seria abandonar o trabalho.

A partir daí, MAD MAX se transforma em um belo filme de psicopata, quando Max sai em seu carro de passeio com a mulher, o filho pequeno e o cachorro para longe do trabalho e do horror do dia-a-dia. A cena dos motoqueiros malvados perseguindo a mulher na praia é de deixar o sangue intoxicado, assim como a sequência imediatamente posterior. Tem tudo a ver com o chamado horror rural americano da década de 1970.

A busca por vingança de Max já era algo de se esperar, mas o modo como Miller orquestra tudo, dispondo de poucos recursos financeiros, é de tirar o chapéu. Não dá para esquecer as cenas da câmera pertinho do chão, acopladas aos carros nas estradas, e nem a violência com que o herói assume a sua missão, isto é, vingar aqueles a quem ele amou e que foram brutalmente assassinados por aquele bando.

Com a expectativa do novo filme – que já anda recebendo ótimas críticas de quem já pôde ver –, a vontade que dá é fazer uma mini-maratona dos três primeiros MAD MAX, que tão importante foram em seu tempo e que agora têm o seu valor resgatado.

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