segunda-feira, junho 04, 2012
GAME OF THRONES – A SEGUNDA TEMPORADA COMPLETA (Game of Thrones – The Complete Second Season)
Não há como negar a ponta de desapontamento que a segunda temporada de GAME OF THRONES (2012) trouxe àqueles que ficaram empolgados com o ritmo, a violência, o erotismo e as emoções fortes da primeira. Mas também é preciso entender que se trata de uma adaptação de uma série de livros que vai ficando cada vez mais intrincada e cheia de personagens que dez episódios é muito pouco para dar conta de tanta informação. Assim, a impressão que fica é que é uma série que é mais curtida por quem lê os livros. Como não é o meu caso, eu acredito que a equipe criativa precisa dar um jeito de contornar esse problema na próxima temporada.
O grande destaque da segunda temporada foi, sem dúvida, Peter Dinklage, que passou da categoria de coadjuvante para protagonista. Seu personagem, Tyrion Lannister, é, sem dúvida, o mais carismático de toda a série. Sua adorável namorada também ajuda a trazer um pouco mais de romance e beleza. Gosto também da personagem de sua irmã, embora maléfica, vivida por Lena Headey. Sempre gostei, aliás. E há que se dar crédito ao odioso rei pivete malvado Joffrey. Sua maldade serve muitas vezes para tirar um pouco o sono que alguns momentos provocam.
Quanto aos Starks, todos espalhados pelo mundo criado por George R.R. Martin, ganharam mais personalidade. Mas sou tão desligado que cheguei ao ponto de confundir o FDP criado por Eddard Stark através de um acordo com outro rei com o seu filho legítimo. O "bastardo" Jon Snow é diferente dos outros, mas é um personagem bonzinho demais para ser apreciado e a "mãe dos dragões" Daenerys Targaryen, por mais que tenha sua força na trama, também ficou aquém das expectativas. Os demais personagens, principalmente os novos, não foram fortes o suficiente para se destacarem. Nem mesmo Carice van Houten, como a bruxa Melisandre, foi destaque, apesar de mostrar o belo corpo nu em dois dos quatro episódios em que aparece. Esses novos personagens serviram mais para confundir ainda mais a trama e tornar o ritmo da série mais irregular.
Tanto que o melhor episódio da temporada é o penúltimo, o da invasão à fortaleza dos Lannisters. É o melhor principalmente porque fica concentrado num único núcleo. Todos os demais personagens e subtramas são esquecidos e a série ganha em força e violência. O fato de convidarem um cineasta de filmes de horror (Neil Marshall, de DOG SOLDIERS e ABISMO DO MEDO) para dirigi-lo ajudou bastante a criar as cenas de violência gráfica na batalha com espadas e lanças. O episódio também foi particularmente especial por ter sido escrito pelo próprio George R.R. Martin.
Quanto à season finale, foi quase tão morna quanto os primeiros episódios desta segunda temporada, com a diferença de uma definição maior de posições. As peças no tabuleiro agora estão dispostas de maneira diferente. E tudo indica que na próxima temporada, as criaturas atrás da muralha serão de grande importância.
P.S.: Tem dois textos que escrevi sobre filmes vistos no Cine Ceará no blog do Diário do Nordeste: um sobre AMOR BANDIDO, de Bruno Barreto; e outro sobre CEGO ADERALDO - O CANTADOR E O MITO, de Rosemberg Cariry. Confiram!