quinta-feira, abril 05, 2012

GUERRA É GUERRA! (This Means War)



Primeira grande derrapada da carreira de director de McG, GUERRA É GUERRA! (2012) é um produto escapista e despretensioso. O que já era de se esperar. Afinal, até os melhores trabalhos dele, AS PANTERAS (2000) e AS PANTERAS DETONANDO (2003), são assim, com a diferença que são obras cheias de qualidade e grandes momentos. Que chegam a entusiasmar, com as incríveis cenas de ação e com a graça das meninas. Ajudou também o fato de o diretor ter um background em videoclipes. O trabalho seguinte de McG já é bem mais sério, e revelou um diretor com boa capacidade de condução de um drama, NÓS SOMOS MARSHALL (2006). O EXTERMINADOR DO FUTURO – A SALVAÇÃO (2009) não chegou a empolgar, mas também não chega a denegrir a boa cinessérie.

Assim, apesar de o trailer já avisar do que se tratava, o mínimo que se esperava de GUERRA É GUERRA! era um filme suficientemente divertido e engraçado. Afinal, não há nada mais triste do que uma comédia sem graça. Não que eu não tenha percebido risadas do público na sessão em que estava, mas eu com certeza não estava na mesma sintonia. Quem sabe se fosse uma atriz mais bonita e carismática que a Reese Whiterspoon eu gostasse mais. Mas culpemos o filme mesmo. Afinal, Reese esteve em alguns ótimos filmes (SEGUNDAS INTENÇÕES, JOHNNY & JUNE, E SE FOSSE VERDADE...) e não chegou a atrapalhar.

Na trama de GUERRA É GUERRA!, ela se sente solitária, principalmente quando encontra o ex-namorado passeando com sua nova namorada pelo bairro. Percebendo sua infelicidade, sua mãe e melhor amiga, a cadastra num desses sites de encontros amorosos, o que acaba fazendo com que ela conheça dois rapazes. Os tais sujeitos (Chris Pine e Tom Hardy) são agentes secretos, mas tirando a sequência inicial (e os ridículos momentos finais), os dois passam o dia no escritório sem fazer nada a não ser discutindo sobre a moça, sobre a disputa de quem conquistará o seu coração.

O filme tem uma necessidade tão grande de agradar à grande audiência que se torna um espetáculo anódino e medíocre. E o final, então, é tão sem graça que chega a ser constrangedor. Mas, enfim, já vi coisas piores. Quem sabe, com um pouco mais de bom humor e uma boa companhia, o filme sirva a algum propósito.

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