E o inimigo do filme não é um vilão invencível como Jason Voorhes ou algum canibal. São pessoas normais, garotos malvados, desses que merecem uma bela surra dos pais. E é isso que aumenta ainda mais a sensação de impotência e raiva. Na trama, um casal de namorados vai até um belo lugar da costa britânica para aproveitar a natureza e o clima romântico. Ao chegarem na praia, porém, um grupo de garotos começa a perturbar a paz dos dois. A princípio, o sujeito reclama apenas do som alto e é hostilizado pelos pirralhos, mas isso não é nada perto do que virá.
O filme, produzido na Inglaterra, faz parte dessa safra de filmes de horror sanguinolentos que possuem um estilo de direção sofisticado, com algumas belas tomadas de cima, como se Deus estivesse presenciando tudo e não fizesse nada. É também um interessante estudo sobre a natureza da maldade, do quanto ela é forte na sociedade. Vendo o filme, ficamos com a certeza de que o mal é muito mais forte e influente que o bem. Dentro do grupo de rapazes, por exemplo, aqueles que não querem participar dos atos cruéis não conseguem ser fortes o suficiente para dizerem não ao líder do grupo, o mais sádico de todos.
A protagonista, Kelly Reilly, pode ser vista no recente SHERLOCK HOLMES, em papel menor. Se eu não me engano, ela é a namorada de Watson. Em SEM SAÍDA ela dá tudo de si num papel que exige muito da atriz. Por mais que digam por aí que horror é um gênero menor e que muito pode ser relevado no campo das interpretações, uma boa intérprete pode fazer a diferença. E Kelly dá o sangue no papel da heroína que se vê numa situação desesperadora. Quanto a Michael Fassbender, ele é um tenente britânico que se junta ao grupo dos bastardos inglórios na obra-prima de Quentin Tarantino, o que é algo que qualquer ator gostaria de ter no currículo.
Agradecimentos ao Alex pela cópia.
P.S.: Saiu o resultado final do Alfred 2010. Confiram no blog da Liga dos Blogues Cinematográficos.
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