Quem costuma fuçar nos saldões de DVD dos grandes magazines pode dar de cara com esse belo exemplar do cinema de artes marciais. Eu confesso que eu me tornei um pouco mais interessado nesse gênero só depois de KILL BILL. Tarantino meio que implantou em mim um pouco do prazer de ver um bom filme de artes marciais, embora minha formação esteja bastante distante disso tudo. Quando criança eu era mais de ficar lendo revista em quadrinhos (ou a Bíblia!) do que ficar brigando na rua.
O MESTRE DA GUILHOTINA VOADORA (1974) pode ser encontrado no Extra e a capinha do DVD já chama a atenção com os dizeres "o filme preferido de Quentin Tarantino". Bom, não sei se isso é verdade ou se é pura picaretagem da distribuidora para vender o produto, mas acredito que, no mínimo, Tarantino deve ter gostado bastante desse filme. Até já procurei pela internet um ranking dos filmes preferidos do Tarantino, mas não encontrei. Mas deixemos Tarantino de lado, que o filme tem dono. E o dono aqui chama-se Wang Yu, ou Jimmy Wang Yu, um astro que só não fez mais sucesso porque foi eclipsado por Bruce Lee.
O MESTRE DA GUILHOTINA VOADORA é a continuação de O BOXEADOR CHINÊS DE UM BRAÇO (1971). Na trama, o tal homem de um braço só (o próprio Wang Yu) é um mestre de uma escola de artes marciais que tem que enfrentar um poderoso monge cego que empunha uma arma capaz de decepar a cabeça das pessoas. Ele sai à procura do sujeito que matou seus dois amigos. Sua única pista: o sujeito tem apenas um braço.
O filme se concentra muito tempo num torneio dos melhores lutadores do mundo. Esse torneio é sangrento e as lutas em geral terminam em morte. Bem divertido ver os diversos tipos de luta e os mais bizarros lutadores. O mais estranho deles é um indiano capaz de esticar os braços feito o Homem-Elástico!! De início, essas lutas parecem não ter nada a ver com a trama principal, mas depois percebemos que alguns desses lutadores tomarão parte, de alguma maneira, no combate final, entre o monge cego e o homem de um braço.
O DVD vem dublado em inglês, mas estranhamente, em alguns momentos, os atores falam cantonês (ou seria mandarim?). Não sei se isso é deficiência da dublagem americana. Mas o bom é que o filme está com a imagem boa e em widescreen 2.35:1.
Quem quiser saber mais sobre o filme, recomendo ler o texto do especialista Otávio Moulin do Cineprojeto 365.
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