domingo, janeiro 22, 2006

MASTERS OF HORROR: CIGARETTE BURNS

 

Certas coisas não têm preço. Tirando o que a gente paga pelo serviço Velox, pode-se dizer que sai praticamente de graça ver três obras seguidas e inéditas de três dos maiores mestres do cinema de horror do mundo. Depois de ter conferido duas pérolas de Joe Dante e John Landis, chegou a vez de ver CIGARETTE BURNS, a contribuição de John Carpenter para a antologia MASTERS OF HORROR. 

Abrindo um parênteses no filme do Carpenter, a bomba da semana foi a notícia de que o canal Showtime vetou a exibição de IMPRINT, de Takashi Miike. Segundo o produtor Mick Garris, o filme de Miike era muito perturbador, que era difícil até pra ele, acostumado com filmes de terror barra-pesada. IMPRINT vai poder ser visto apenas quando for lançado em DVD. 

Voltando a CIGARETTE BURNS, a trama é das mais instigantes. A história envolve um colecionador de filmes raros (Udo Kier) que deseja conseguir uma cópia do ultra-maldito "Le Fin Absolute du Monde". Dizem que todos os envolvidos nesse filme ou morreram ou ficaram loucos. "Le Fin Absolute du Monde" teve uma única exibição. Os espectadores que estiveram presentes na sessão enlouqueceram e mataram uns aos outros. Udo Kier contrata, então, os serviços de um sujeito que é famoso por conseguir filmes bastante raros. Como o rapaz estava precisando de grana urgente, sob risco de perder a própria vida, acaba enfrentando a missão. 

A trama é uma espécie de variação desses filmes em que pessoas saem à cata de snuff movies, tipo 8 MM e TESIS, só que com mais mistério ainda, já que se trata de algo ligado ao sobrenatural. Uma pena é que o final do filme acaba um pouco com o mistério. Só na conclusão é que o filme perde um pouco alguns pontos. Mas ainda assim é um filmaço e os fãs de gore não se decepcionarão com as várias cenas de mortes e agressões físicas que aparecem pelo filme. Destaque para a cena de Udo Kier usando suas próprias vísceras como filme! Além disso, CIGARETTE BURNS é um filme que nos faz refletir sobre a nossa própria condição de cinéfilos.

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