quinta-feira, setembro 01, 2005

PROCURA-SE UM AMOR QUE GOSTE DE CACHORROS (Must Love Dogs)



A quinta-feira começou até normal. Pra variar, acordei com dor no corpo e indisposição, por conta do velho problema da laringite. A diferença é que hoje resolvi não ir trabalhar, aproveitando que quinta também é o meu dia de folga na escola. O problema é que quando tirei meu extrato e vi que minha conta-corrente estava estourada, sabia que tinha que ligar pro banco pra acatarem o cheque e ir a dois bancos do centro fazer transferência. Acabei ficando estressado do mesmo jeito. Ainda assim, apesar dos aborrecimentos e de eu passar a maior parte do dia meio deprimido, foi um dia tranqüilo. Fui ao cinema ver uma comédia romântica água com açúcar e aluguei uns filmes antigos na locadora, esses, sim, coisa fina.

PROCURA-SE UM AMOR QUE GOSTE DE CACHORROS (2005) não é grande coisa, mas combinou um pouco com o meu estado de espírito, ainda que tenha sido mal sucedido em me alegrar no final. Assim como acontece com a personagem de Diane Lane, alguns amigos já tentaram dar uma de cupido, tentando arranjar namorada pra mim. Em todas as vezes, deu errado.

O filme me fez lembrar do ano de 1999, que foi o ano que eu mais arrisquei e mais me esforcei para arranjar uma namorada. Como no filme, eu usei a internet para atingir meus objetivos: me cadastrei no Almas Gêmeas, entrava em chats marcando encontros, etc. Até que foram divertidos os encontros. Nenhum deles rendeu mais do que um beijo. Mas ao mesmo tempo, eu estava atacando em outros fronts e consegui recuperar minha auto-estima perdida através de uma amiga de uma amiga minha (por quem eu era apaixonado). Uma aventura erótica numa praia fez eu me sentir um Dom Juan. E, no final, acabei arranjando uma namorada numa viagem a uma cidade serrana. Tenho certeza que se eu não estivesse me sentindo tão confiante, isso não teria acontecido. É mais ou menos a situação em que eu me encontro agora. Só que agora eu estou bem mais preguiçoso de ir atrás de alguém, de começar tudo de novo.

Imagino o que não deve ser para alguém que está perto dos seus quarenta e passou um longo tempo casado e se vê solteiro de novo. Para a mulher, então, deve ser ainda mais difícil, já que a nossa sociedade não é muito generosa com as mulheres que passam dos quarenta. Esse é o drama dos personagens do filme. Eles se encontram sozinhos, porque seus parceiros os deixaram e ficar sozinho está fora de cogitação. Estar só é praticamente ser um loser, pelo que o filme dá a entender.

Parece que John Cusack finalmente está parecendo mais velho. Já está mais gordo. E Diane Lane já esteve no seu auge de beleza madura em INFIDELIDADE, mas ainda assim continua uma graça. Pena que o filme é meio bobo e no final ainda tenta imitar HARRY E SALLY - FEITOS UM PARA O OUTRO, com cenas de casais dando depoimentos para a câmera. Ainda assim, acho que valeu ter visto. Me fez repensar a vida. E ainda tem uma cena legal ao som de "The First Cut Is the Deepest", da Sheryl Crow. Deu vontade de ouvir a canção agora.

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