quarta-feira, janeiro 27, 2016
JOY – O NOME DO SUCESSO (Joy)
Curioso como a Jennifer Lawrence tem passado de moça querida para moça chata e/ou superestimada para alguns. Mas se não fosse por ela o que seria de JOY – O NOME DO SUCESSO (2015)? Certamente é o mais frágil dos trabalhos de David O. Russell, que já tem uma carreira marcada por altos e baixos, mas que nos últimos anos soube construir filmes com uma galeria de personagens memoráveis e bem interessantes. Sem falar no elenco caprichado e na trilha sonora de muito bom gosto.
Na terceira parceria com o cineasta, depois dos premiados O LADO BOM DA VIDA (2012) e TRAPAÇA (2013), Jennifer Lawrence segue na frente no papel-título e os demais coadjuvantes aparecem apagados, mesmo tendo no elenco Robert De Niro, Bradley Cooper e Isabella Rossellini. O filme é uma ode à capacidade humana de vencer os obstáculos. Embora tom agridoce, é uma história real de superação e conquista de alguém que veio de uma classe pouco privilegiada, mas que conseguiu o sucesso graças à sua criatividade.
JOY conta a história de Joy Mangano, uma jovem mulher que mora com a mãe depressiva e viciada em telenovelas (Virginia Madsen), o ex-marido (Édgar Ramírez) e os filhos em uma casa em estado precário. Como se não bastasse, o pai (De Niro) também aparece para compor o ambiente, depois de ser dispensado pela namorada. Diante desse caos, e tendo que trabalhar para manter a todos, Joy tem uma ideia: criar um esfregão prático que até então não existia nos Estados Unidos. O problema estava em conseguir espaço para vender o produto, além de também ter que ter muito cuidado com advogados e empresários corruptos.
Desde o começo vemos que estamos diante de uma obra menor, mas também vemos o quanto o filme deve à força e à presença de cena de Jennifer Lawrence, que confere autenticidade à personagem. Além do mais, além da ótima reconstituição de época (anos 70), há momentos particularmente emocionantes, como a primeira apresentação de Joy de seu produto em um canal especializado em venda de objetos. Também muito legal quando Bradley Cooper entra em cena, embora o papel dele seja menos importante do que se esperava.
O filme, porém, tem uma fragilidade na estrutura, principalmente no modo como se encerra, no final, deixando a dúvida se houve uma intenção deliberada de tornar as últimas cenas pouco realistas, de modo a destoarem do todo, ou se é falha mesmo. De todo modo, ficou feio. Ainda assim, JOY tem uma série de momentos bonitos, como o dueto de J. Law com Ramírez cantando "Something stupid" e as tantas vezes que grandes canções de artistas como Rolling Stones, Buffalo Springfield, Bruce Springsteen, Bee Gees, Elvis Presley, entre outros, aparecem na trilha. Quer dizer, como DJ, O. Russell continua excelente.
JOY – O NOME DO SUCESSO concorre ao Oscar na categoria de melhor atriz (Jennifer Lawrence).
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário