sábado, outubro 22, 2011

LOBÃO NA UNIFOR – FORTALEZA, 21 DE OUTUBRO DE 2011



Na saída da Unifor, tinha falado para a Erika, para o Alex e para o Vicente que nem ia me dar ao trabalho de escrever no blog sobre o show, já que eu praticamente não o vi. Por não sabermos direito que horas começaria, cheguei no final, pouco antes do bis. Lobão dizia: "essa é nossa última música". E eu nem lembro direito qual era a tal canção, de tão abatido que fiquei com a situação. Que show era aquele que tinha começado tão cedo? E por que havia tão poucas pessoas para prestigiar um artista de tão grande importância para o rock brasileiro e que não tem o hábito de fazer shows em Fortaleza? Tudo bem que no Campus do Pici estava rolando show do Marcelo Janeci, que também era gratuito, mas não sei se isso justifica o pouco interesse do grande público.

De todo modo, aqui estou, escrevendo sobre a noite de ontem, já que ela acabou sendo especial. Depois do baque inicial, fui procurar pela Erika. Afinal, ela também estava de posse do livro "50 Anos a Mil", a biografia do Lobão, para ser autografado, e eu queria "pegar carona". Ela estava detrás do palco, numa pequena fila que se formava, perto da praça de alimentação. Para ela, que estava bem nervosa e ansiosa para encontrar o ídolo, aquilo era muito importante, fã que é desde os dez anos de idade.

Já eu, era um pouco indiferente às canções dele nos anos 80, embora gostasse de alguns hits, como "Me chama". Mas o que veio me fazer gostar e respeitar o trabalho dele foi mesmo o álbum A VIDA É DOCE (1999), que trazia uma levada trip hop que estava na moda na década de 90 e que acabou gerando o que talvez seja o seu melhor e mais inspirado trabalho. Faixas como "Pra onde você vai", "Tão perto, tão longe" e a faixa-título são exemplos desse momento saído do fundo do coração e tão representativo dos catárticos anos 90. Também foi nessa época que ele peitou as gravadoras, que hoje passaram a numerar os discos. Outra coisa que eu passei a prestar atenção foi nos discursos dele, nas entrevistas, sempre polêmicas e soltando faíscas.

Conhecê-lo pessoalmente, apertar a sua mão e ver que ele é uma pessoa muito simpática e acessível foi uma surpresa para mim. E sair de lá depois desse momento e depois de ver a alegria e a excitação da Erika e se congratular com a turma num barzinho foi um momento muito feliz nesses dias em que eu ando distante de festas e lugares barulhentos que não sejam uma sala de cinema ou o meu quarto, quando quero perturbar os vizinhos com os meus discos.

Pra quem quiser ver algumas fotos que tirei ontem, eis um LINK.

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