segunda-feira, setembro 19, 2011

CONAN – O BÁRBARO (Conan – The Barbarian)



Depois de tantas críticas negativas sapecadas tanto por profissionais como por cinéfilos, espera-se obviamente o pior deste novo CONAN – O BÁRBARO (2011). Resultado: a coisa não é tão feia quanto pintam. Há até alguns momentos interessantes, especialmente no início. Porém, há que se concordar que o filme ficou bem genérico e que o excesso de CGI só depõe contra. Ao que parece, o diretor Marcus Nispel, que tem em seu currículo novas (e boas) versões de O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA (2003) e SEXTA-FEIRA 13 (2009), se sai melhor no horror do que no terreno da ação e da fantasia.

Muitos acreditavam no potencial de Jason Momoa, o brutamontes da série GAME OF THRONES, no papel do cimério. E realmente ele não se sai mal. Não cabe atribuir o fracasso artístico do filme ao musculoso ator. Ele, na verdade, se sai muito bem em vários momentos, em especial, quando contracena com a bela Rachel Nichols. Ele representa o homem forte que, apesar da brutalidade, ou por causa dela, acaba conquistando as mulheres, mesmo aquelas que ele têm que amarrar as mãos com cordas. O bárbaro é o representante de um tempo em que as mulheres eram muito frágeis e os homens deveriam ser muito fortes para garantirem sua sobrevivência.

Logo no início do filme, na cena da invasão de um povo à aldeia dos cimérios, mais especificamente na cena crucial dele com o pai (Ron Pearlman), vemos que eles são criados para não temer nem a morte nem a dor. E a própria filosofia de vida de Conan fica explícita quando ele diz que vive, ama, mata e está contente assim. Deste modo, o filme tenta passar para o espectador um tempo em que as coisas eram muito mais simples, apesar de mais perigosas e sangrentas.

E falando em sangue, uma pena que o líquido vermelho apareça no filme quase como num videogame, de tão irreal que fica na fotografia de videoclipe e com o uso de computação gráfica. Comparar com a ótima série GAME OF THRONES, uma produção para a televisão que também trata de um mundo bárbaro fictício, é até covardia. Assim, por mais que o filme apresente cenas de violência gráfica, essa violência acaba sendo atenuada por esses aspectos. E quanto à história, pode-se resumir como sendo a busca de Conan pelo assassino de seu pai, tendo, para isso, que desafiar homens, bruxas e monstros pelo caminho.

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