sexta-feira, julho 08, 2011
ATERRORIZADA (The Ward / John Carpenter's The Ward)
Tivemos que esperar quase uma década para ver um filme novo de John Carpenter. Infelizmente o fracasso comercial de FANTASMAS DE MARTE (2001) foi fatal para a carreira do mestre do horror, que amargou a pior década de sua carreira. Ainda que os médias-metragens CIGARETTE BURNS (2005) e PRO-LIFE (2006), feitos para a série MASTERS OF HORROR, sejam exemplares de sua vitalidade e até mesmo genialidade, o que mais queríamos era o retorno de Carpenter ao cinema. Infelizmente o mercado tem cada vez respeitado menos o legado e o talento dos mestres do horror americano que tiveram o seu auge de popularidade na década de 1980. Mas deixemos de lamentações, pois tem filme novo do homem na praça.
ATERRORIZADA (2010) foi lançado direto em vídeo no Brasil, o que não chega a ser motivo de tanto lamento assim, já que tanta porcaria tem passado no circuito, enquanto o melhor do cinema não ganha espaço. Logo, digamos que ATERRORIZADA está em boa companhia. Além do mais, o filme é uma obra menor de Carpenter, que até tem um jeito de produção feita para a televisão, mas que não deixa de ser uma delícia de se assistir, por mais que se vejam os seus problemas. A assombração do hospital, por exemplo, dificilmente assusta. Em compensação, a protagonista (Amber Heard) defende muito bem o seu papel de garota de passado obscuro que é levada para um hospício assombrado após ter incendiado uma casa.
Além de assombrado, ela percebe que o lugar também tem mistérios relacionados a garotas que desaparecem misteriosamente. Como, logo no prólogo, vemos uma delas sendo assassinada, já sabemos que é a tal assombração de maquiagem tenebrosa que está fazendo sumir as meninas daquela ala. O mistério se intensifica com o modo como o médico e os enfermeiros e enfermeiras guardam os segredos. Assim como as próprias colegas da ala de Kristen, a personagem de Amber Heard.
Trata-se de diversão agradável, especialmente para fãs de horror que não esperem muito de filmes de fantasmas. O problema é que o nome de Carpenter carrega uma forte aura e a expectativa em torno de seu retorno foi frustrada com um filme que não faz jus ao cineasta de grandes obras como ASSALTO À 13ª D.P. (1976), O ENIGMA DE OUTRO MUNDO (1982), CHRISTINE – O CARRO ASSASSINO (1983), PRÍNCIPE DAS SOMBRAS (1987) e ELES VIVEM (1988). Mas a torcida por outro grande filme de Carpenter continua.
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