terça-feira, setembro 15, 2009
A ÚLTIMA CASA (The Last House on the Left)
Quantas refilmagens de clássicos do horror dos anos 70 e 80 Hollywood produziu nos últimos anos? Relembrando alguns títulos, sem ordem cronológica: SEXTA-FEIRA 13, DIA DOS NAMORADOS MACABRO, VIAGEM MALDITA (remake de QUADRILHA DE SÁDICOS), O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA, HALLOWEEN, MADRUGADA DOS MORTOS (remake de O DESPERTAR DOS MORTOS), A MORTE PEDE CARONA, HORROR EM AMYTIVILLE (remake de A CIDADE DO HORROR). Está faltando algum? Sempre bom listar todos esses títulos até para ver até que ponto a indústria tem apelado, devido à falta de inspiração. No entanto, esse é um recurso que já se tornou tão comum que até já nos acostumamos. O lado positivo é que algumas dessas refilmagens conseguem mesmo oferecer autênticas e viscerais experiências de horror. É o caso deste A ÚLTIMA CASA (2009), refilmagem de ANIVERSÁRIO MACABRO, produção de 1972 que marcou a estreia de Wes Craven na direção.
E é uma pena que A ÚLTIMA CASA não tenha passado pelos cinemas e esteja saindo direto em dvd. Se em casa, em uma telinha pequena (29 polegadas pra mim ainda é pequena), o filme é um espetáculo de horror e tensão, capaz de fazer o sangue gelar e o coração mudar a frequência cardíaca, fico imaginando o impacto que teria na telona. Por isso, arrisco dizer que dentre todas esses remakes, A ÚLTIMA CASA, dirigido por um cineasta grego semidesconhecido - Dennis Iliadis, com apenas um filme grego chamado HARDCORE (2004) no currículo -, foi a mais bem sucedida transposição para os dias de hoje da obra original.
Se o novo filme perde em crueza em relação ao anterior, isso se deve a uma produção mais esmerada, a muito mais dinheiro em caixa. Na verdade, o novo filme utiliza apenas o esqueleto do original e constrói um novo corpo. E falando em corpo, impressionante o quanto o corpo humano é enfatizado neste novo trabalho, seja mostrando a pele da garota saindo do banho, seja mostrando explicitamente os ferimentos. A trama básica permanece: um grupo de homens perversos sequestra, tortura e faz coisas muito más com duas garotas. Mas o filme vai além disso, em sua segunda metade, quando os criminosos vão parar na casa dos pais de uma delas. Entre as meninas, um rosto conhecido: trata-se da gracinha Martha MacIsaac, que apareceu em SUPERBAD - É HOJE.
Trocando a crueza da produção de baixo orçamento de Craven por uma sofisticação visual, mas sem perder a violência necessária para a construção de suspense e da indignação e consequente identificação, Dennis Iliadis acerta em cheio. Eu já imaginava que o filme sairia legal desde que vi o trailer, ao som de uma versão de "Sweet Child O' Mine", que não chega aos pés da original, mas que no "cartão de apresentação" funciona que é uma beleza.
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