quarta-feira, setembro 02, 2009

ALL ABOUT ANNA



No sábado à noite, estava de bobeira em casa. Precisava descansar dos últimos fins de semana, que foram bem agitados. E precisava parar um pouco para dar uma trégua para o meu corpo e descansar a mente também. Também queria ver algum filme diferente. Que não fosse dos cineastas que ando acompanhando a filmografia atualmente (Hitchcock, Almodóvar, Cronenberg, Pollack, Mulligan, Bava, Argento). Peguei, meio sem me lembrar do que se tratava, ALL ABOUT ANNA (2005). Vi os primeiros quatro minutos, achei um lixo e desisti. Mas não sem antes fazer uma rápida pesquisa na internet sobre o dito cujo. Foi quando eu soube que o filme continha cenas de sexo explícito, o que já me animou a dar-lhe mais uma chance. No dia seguinte, pela manhã, resolvi retomar. Não é que eu gostei?

Trata-se de uma obra difícil de ser classificada. É um melodrama açucarado com cenas de sexo hardcore, algumas softcore. E que prende a atenção até o final. ALL ABOUT ANNA, por ser dirigido por uma mulher (Jessica Nilsson), faz alguma diferença. Até na maneira como valoriza os corpos masculinos, em especial do personagem Johan, cujo corpo deve fazer a alegria do público feminino. Aliás, ALL ABOUT ANNA é um belo filme para se assistir com a namorada. O problema é se ela quiser fazer comparação entre você e o galã do filme. A trama regada a sexo tem como eixo o amor de uma mulher por um sujeito que desapareceu há cinco anos. Depois de anos chorando pelo cara, ela resole voltar a viver. E conhece outro homem. O que ela não esperava era que o tal namorado do passado reaparecesse para balançar as suas estruturas.

ALL ABOUT ANNA é uma produção dinamarquesa falada em inglês que é dividida em capítulos, como "All about work", "All about pain", "All about fun". A fotografia do filme lembra a de algumas produções televisivas europeias, mas aos poucos a gente vai se acostumando. As cenas de sexo são curtas e boas, sem closes ginecológicos e o elemento sentimental está sempre presente, o que ajuda a apimentar ainda mais as coisas. Uma das cenas mais excitantes do filme é uma em que a companheira de quarto de Anna aplica um blowjob em seu namorado. Como não se trata de sexo simulado, mas real, as situações ganham ainda mais força.

O problema é que muita gente pode achar o filme de mau gosto, principalmente por causa das atuações e dos diálogos. A narração da protagonista contribui para o jeitão meio cafona de telenovela vagabunda, mas uma vez que se passa por isso, dá pra se perceber as qualidades desse filme especial. Sem falar também nos atributos físicos da atriz, a bela Gry Bay. O filme foi indicado e vencedor de vários festivais de filmes adultos, tanto internacionais como escandinavos.

Agradecimentos a Renato Doho pela cópia.

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