quinta-feira, fevereiro 28, 2008

ALGO COMO A FELICIDADE (Stestí)



Continuando a série de filmes ambientados em países do Leste Europeu que um dia fizeram parte do bloco comunista, e também levando em consideração à escassez de outros filmes mais interessantes para comentar por aqui, chegamos a este ALGO COMO A FELICIDADE (2005), de Bohdan Sláma, produzido na República Tcheca, e que eu já vi há cerca de três semanas. Ando sem tempo para ver filme, mas com o pequeno recesso que terei da escola a partir de hoje, já arranjarei um tempinho a mais na minha agenda para ver parte da infinidade de títulos apetitosos que me aguardam em casa.

Quanto a ALGO COMO A FELICIDADE, do jeito que é mostrada no filme - do ponto de vista dos habitantes de um subúrbio de uma cidadezinha do país -, a imagem que fica da República Tcheca para o espectador é de um país de terceiro mundo. (Se bem que parece que essa classificação não existe mais, é termo do passado, mas acho que me fiz por entender.) Tanto que o filme começa com uma cena no aeroporto, com um dos personagens partindo para os Estados Unidos em busca de melhores condições de vida. Ele deixa Monika, sua noiva, na esperança de ir um dia também juntar-se a ele na "terra das oportunidades". Há Toník, amigo de Mônica, que mora no mesmo conjunto habitacional que ela e tem um amor antigo pela moça desde a infância. No mesmo prédio, mora Dasha, uma mulher que tem dois filhos pequenos e mantém um caso com um homem casado. Ela sofre de problemas emocionais e acaba sendo hospitalizada depois de uma forte crise, mostrando-se incapaz de cuidar dos filhos, que passam a ser cuidados por Toník e Monika. O fato de os dois ficarem fazendo papel de papai e mamãe das crianças durante a ausência de Dasha, somado à carência afetiva de ambos, uma maior aproximação torna-se inevitável e o interesse de Toník por Monika, que já era forte, torna-se ainda maior. Para ele, ter uma vida com Monika mesmo ali naquele lugar humilde já seria uma felicidade, um sonho realizado. Quanto à Monika, ela parece divida.

ALGO COMO A FELICIDADE não chegou a me impressionar ou a me emocionar, embora goste mais do filme da segunda metade em diante, que é mais ou menos o tempo que a gente leva para se afeiçoar um pouco aos personagens. Gosto também da última cena do filme, bonita e recheada de esperança, mas faltou algo no filme que o tornasse pelo menos memorável. Porém, levando em consideração a realidade brasileira, que não é muito diferente da dos demais países pobres, e a quantidade de conhecidos que resolveram sair do Brasil e tentar uma vida nos Estados Unidos - já foi um sonho meu, também, confesso - é possível haver uma identificação com alguns dos personagens, mesmo aqueles que aparentemente não parecem tão simpáticos em suas atitudes, como Dasha. Mas o filme não tenta julgar os atos dela, embora a audiência possa não simpatizar com o seu jeito.

P.S.: Depois de muita especulação, a ABC divulgou o calendário de exibição de LOST, cuja quarta temporada terá o seu número de episódios diminuído para 13 por conta da greve dos roteiristas. Ficará assim a agenda da série:
Episódio 5: 28/02
Episódio 6: 06/03
Episódio 7: 13/03
Episódio 8: 20/03
Episódio 9: 24/04
Episódio 10: 01/05
Episódio 11: 08/05
Episódio 12: 15/05
Episódio 13: 22/05 (season finale)

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