1. ELLE,
de Paul Verhoeven
2. DO QUE
VEM ANTES, de Lav Diaz
3.
JULIETA, de Pedro Almodóvar
4. A
ACADEMIA DAS MUSAS, de José Luis Guerín
5. O PEQUENO QUINQUIN, de Bruno Dumont
6. A ILHA DO MILHARAL, de George Ovashvili
7. A ECONOMIA DO AMOR, de Joachim Lafosse
8. A CHEGADA, de Denis Villeneuve
6. A ILHA DO MILHARAL, de George Ovashvili
7. A ECONOMIA DO AMOR, de Joachim Lafosse
8. A CHEGADA, de Denis Villeneuve
9. A BRUXA, de Robert Eggers
10. O SILÊNCIO DO CÉU, de Marco Dutra
11. CAROL, de Todd Haynes
12. CERTO AGORA, ERRADO ANTES, de Sang-soo Hong
10. O SILÊNCIO DO CÉU, de Marco Dutra
11. CAROL, de Todd Haynes
12. CERTO AGORA, ERRADO ANTES, de Sang-soo Hong
13. MIA MADRE, de Nanni Moretti
14. AS MONTANHAS SE SEPARAM, de Jia Zhangke
15. UM POMBO POUSOU NUM GALHO REFLETINDO SOBRE A EXISTÊNCIA, de Roy Anderson
16. AQUARIUS, de Kleber Mendonça Filho
14. AS MONTANHAS SE SEPARAM, de Jia Zhangke
15. UM POMBO POUSOU NUM GALHO REFLETINDO SOBRE A EXISTÊNCIA, de Roy Anderson
16. AQUARIUS, de Kleber Mendonça Filho
17. BELOS SONHOS, de Marco Bellocchio
18. É DIFÍCIL SER UM DEUS, de Aleksey German
19. O QUE ESTÁ POR VIR, de Mia Hansen-Løve
20. BOI NEON, de Gabriel Mascaro
18. É DIFÍCIL SER UM DEUS, de Aleksey German
19. O QUE ESTÁ POR VIR, de Mia Hansen-Løve
20. BOI NEON, de Gabriel Mascaro
Lembro que, no texto do ano passado, eu fiquei
reclamando de 2015, de quanto foi pesado. Eis que tivemos um ano ainda mais
difícil. Por isso, talvez seja melhor a gente ficar agradecido por ter chegado
até aqui, pelo que ainda temos. Nem digo do ponto de vista material, embora
isso tenha a sua importância também, mas pelos nossos familiares e amigos vivos e
atuantes em nossas vidas. Pelas novas pessoas que entraram em nossas vidas e
foram bem-vindas. Além do mais, há sempre aquilo que nos faz com
que sigamos em frente apesar de tudo, por mais que o futuro pareça ainda bastante
nebuloso. Exatamente por isso, a esperança persiste.
Pra mim, foi um ano difícil em muitos aspectos, mas
foi um ano também de sentir novamente o gostinho da paixão. E isso faz a gente
se sentir vivo de novo, por mais que a duração dessa febre seja menor do que a
gente gostaria. Os anos em que isso acontece acabam sendo, de certa forma,
especiais. No campo pessoal, posso destacar pelo menos três grandes momentos, o show do Pato Fu, uma viagem lindona a Flecheiras e uma viagem especial a São Paulo, para celebrar o casamento de um grande amigo e reencontrar outros amigos
queridos.
No mais, foi um ano de muitos filmes, de encontros
com os amigos no cinema (ou para ir ao cinema). Que bom que o cinema ainda permanece sendo não apenas um porto seguro, mas
também um desses amores que ficam e nos confortam. Lembro quando estava
vendo ELIS um dia desses e do quanto um prazer indescritível tomou conta de
mim na salinha escura. Um sentimento de gratidão por aquele filme imperfeito me veio. Lembro-me também do
quanto foi especial a experiência de ver um filme de 5h30 de duração (DO QUE VEM ANTES), não pela duração em si, mas pelo quanto somos levados para um
universo totalmente diferente do nosso, mas que a linguagem universal do cinema
trata de nos unir. E, nisso, quero agradecer ao pessoal que faz o Cinema do Dragão, o melhor espaço de cinema da cidade. Aliás, é mais do que um simples espaço de cinema. De meu top 20, apenas dois filmes não foram vistos nessas salas.
E já que falei de um dos filmes do ano, o do nosso amigo filipino que não prima pela síntese, podemos
dizer que 2016 também foi o ano de performances grandiosas de mulheres, vistas
em grandes filmes, como ELLE, de Paul Verhoeven (como é bom tê-lo de volta à telona),
JULIETA, de Pedro Almodóvar, AQUARIUS, de Kleber Mendonça Filho, e O QUE ESTÁ POR VIR, de Mia Hansen-Løve. Podemos citar também a linda dupla de
CAROL, de Todd Haynes.
Não faltaram filmes desafiadores. A comédia incomum
de Bruno Dumont, O PEQUENO QUINQUIN, e a experiência única, perturbadora e até
mesmo nauseante de É DIFÍCIL SER UM DEUS, de Aleksey German. São filmes que merecem ser vistos, por mais difíceis que
sejam. Se bem que o filme do Dumont se vê com muito prazer, com sua estranheza. Outro filme pouco
comum é a comédia em esquetes UM POMBO POUSOU NUM GALHO REFLETINDO SOBRE A EXISTÊNCIA,
de Roy Anderson, uma beleza singular que até remete a Monty Python, mas que tem
uma cara toda própria.
Tivemos também "cinema falado" da melhor qualidade.
Não apenas o especialíssimo filme-testamento de Manoel de Oliveira, que acabei
não incluindo no top 20 por sua idade e caráter único, mas a experiência
intelectual e poética que é ver A ACADEMIA DAS MUSAS, de José Luis Guerín. Dois
grandes diretores que se caracterizam por serem um tanto tagarelas comparecem na lista:
Sang-soo Hong, com CERTO AGORA, ERRADO ANTES, e Nanni Moretti, com seu
comovente MIA MADRE. O belíssimo A ILHA DO MILHARAL, de George Ovashvili, por outro lado,
se caracteriza pela quase completa ausência de diálogos.
Em 2016, um cineasta gigante do país da bota nos
presenteou com um filme sobre um trauma familiar de uma beleza estupenda, Marco
Bellocchio, e seu BELOS SONHOS. A família também comparece no chinês AS MONTANHAS SE SEPARAM, talvez a obra-prima de Jia Zhangke, e no coração de A ECONOMIA DO AMOR, de Joachim Lafosse, e até mesmo em uma ficção científica
metafísica, A CHEGADA, de Denis Villeneuve.
Falando em metafísica, uma das mais belas surpresas
do ano foi o horror feminista/satanista A BRUXA, do estreante Robert Eggers.
Do mesmo produtor (Rodrigo Teixeira), também pudemos contar com aquele que
considerei o melhor filme brasileiro (ainda que feito em coprodução com o
Uruguai), O SILÊNCIO DO CÉU, de Marco Dutra. Uma obra que esquadrinha o medo
como poucas conseguem. E outro belo filme brasileiro que nos deixou cheio de
orgulho foi BOI NEON, de Gabriel Mascaro, que também fez bonito em várias listas
de melhores do ano mundo afora, junto com o merecidamente badalado
AQUARIUS.
Com relação à lista, deixo claro que constam filmes que estrearam no circuito brasileiro no ano passado também, mas que só chegaram em Fortaleza este ano. Do mesmo modo, até o momento, deixo de fora filmes vistos apenas na telinha. Esses vão ter que brigar por espaço com os clássicos lá no outro top 20. Eu sei que é injusto, mas não vejo tantos filmes novos em casa assim.
Com relação à lista, deixo claro que constam filmes que estrearam no circuito brasileiro no ano passado também, mas que só chegaram em Fortaleza este ano. Do mesmo modo, até o momento, deixo de fora filmes vistos apenas na telinha. Esses vão ter que brigar por espaço com os clássicos lá no outro top 20. Eu sei que é injusto, mas não vejo tantos filmes novos em casa assim.
Top 5 Piores do Ano
Este ano eu resolvi evitar alguns filmes que eu
sabia que estariam neste tipo de lista, mas a gente acaba trombando com coisas
como essas abaixo. Lembremos, então, desses filminhos que servem pra nos sentir
gratos pelos bons filmes.
1. A 5ª ONDA, de J Blakeson
2. UM HOMEM ENTRE GIGANTES, de Peter Landesman
3. INDEPENDENCE DAY – O RESSURGIMENTO, de Roland
Emmerich
4. ESQUADRÃO SUICIDA, de David Ayer
5. INFERNO – O FILME, de Ron Howard
4. ESQUADRÃO SUICIDA, de David Ayer
5. INFERNO – O FILME, de Ron Howard
As séries e minisséries
Vi bem menos séries neste ano do que no ano passado. Estava um pouco impaciente e acabei ficando só com aquelas que me interessavam muito mesmo. As melhores, dentre as poucas que vi foram:
1. THE PEOPLE V OJ SIMPSON - AMERICAN CRIME STORY
2. GIRLS - QUINTA TEMPORADA
3. THE NIGHT OF
4. BLACK MIRROR - TERCEIRA TEMPORADA
5. MOZART IN THE JUNGLE - SEGUNDA TEMPORADA
6. NARCOS - SEGUNDA TEMPORADA
7. GAME OF THRONES - SEXTA TEMPORADA
8. BETTER CALL SAUL - SEGUNDA TEMPORADA
9. THE WALKING DEAD - SEXTA TEMPORADA
2. GIRLS - QUINTA TEMPORADA
3. THE NIGHT OF
4. BLACK MIRROR - TERCEIRA TEMPORADA
5. MOZART IN THE JUNGLE - SEGUNDA TEMPORADA
6. NARCOS - SEGUNDA TEMPORADA
7. GAME OF THRONES - SEXTA TEMPORADA
8. BETTER CALL SAUL - SEGUNDA TEMPORADA
9. THE WALKING DEAD - SEXTA TEMPORADA
Top 5 Musas do Ano
1. Margot Robbie ( A LENDA DE TARZAN / ESQUADRÃO SUICIDA) |
2. Gal Gadot (BATMAN VS. SUPERMAN - A ORIGEM DA JUSTIÇA / MENTE CRIMINOSA) |
3. Lola Le Lann (DOCE VENENO) |
4. Jennifer Lawrence (JOY – O NOME DO SUCESSO / X-MEN – APOCALIPSE) |
5. Qi Shu (A ASSASSINA) |
Clássicos revisitados (ou vistos pela primeira vez) na telona
Top 20 vistos (pela primeira vez) na telinha (em ordem alfabética)
A FÊMEA DO MAR, de Ody Fraga
O ROUBO DA TAÇA, de Caíto Ortiz
O ROUBO DA TAÇA, de Caíto Ortiz
Revisões (na telinha)
À MEIA NOITE LEVAREI SUA ALMA, de José Mojica Marins
AS DEUSAS, de Walter Hugo Khouri
CONQUISTA SANGRENTA, de Paul Verhoeven
DRUGSTORE COWBOY, de Gus Van Sant
ELES NÃO USAM BLACK-TIE, de Leon Hirszman
GOSTO DE SANGUE, de Joel e Ethan Coen
GOSTO DE SANGUE, de Joel e Ethan Coen
Feliz ano novo!
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