segunda-feira, junho 27, 2016

GAME OF THRONES – A SEXTA TEMPORADA COMPLETA (Game of Thrones – The Complete Sixth Season)



Confesso que no começo da temporada estava um tanto impaciente. Mas isso talvez tenha se dado mais a uma inquietude em meu espírito do que exatamente a um problema da série, já que, lendo o que escrevi sobre a temporada passada, o fato de os primeiros episódios serem mais parados e de preparação estratégica para o que viria nos últimos também estava presente, e nem por isso eu achei a quinta temporada fraca, embora não tivesse a mesma força da quarta, até o momento, a melhor.

Quanto à sexta temporada de GAME OF THRONES (2016), ela tem a vantagem de contar com a melhor cena de batalha da história da série. Até agora, pelo menos, a nota 10,0 e o primeiro lugar no ranking do IMDB segue sendo do poderoso e sangrento episódio 9, "Battle of the Bastards", que mostra, principalmente, uma luta épica entre Jon Snow e o odioso Ransay Bolton, o sujeito que havia se casado e estuprado Sansa Stark.

Falando em Sansa, um dos momentos mais bonitos desta temporada é o seu reencontro com o irmão Jon, depois de passarem por tantas coisas ao longo de suas vidas sofridas. Agora eles podem contar com a ajuda um do outro. Mas também precisarão contar com a ajuda de outros povos para poder formar um exército forte o suficiente para combater Ransay e restabelecer Winterfell, a cidade natal dos Starks. O final desta batalha traz um gostinho amargo, mas bastante agradável, de vingança.

E a vingança também se faz necessário – e comparece – no núcleo de outra personagem feminina forte, Cersei Lannister, que depois de ser encarcerada e humilhada por um grupo de poderosos fanáticos religiosos, os Pardais, ela arranja um jeito de ir à desforra. Claro que ela está longe de ser uma personagem do bem, mas aos poucos aprendemos a gostar também dos Lannisters. E o fato de os inimigos serem um bando de opressores das vontades e dos desejos só faz com que a vontade de matá-los seja ainda melhor.

Quanto à Daenerys, ela tem um momento especialmente forte quando mostra todo o seu poder com o fogo e os dragões, mas há algo de déjà vu nisso, o que acaba fazendo com que as cenas com ela sejam boas, mas não tão interessantes quanto o que acontece com os já citados personagens.

Também não é fácil ter que aguentar toda aquela história de ser "um ninguém" na terra em que a jovem Arya foi parar, mas felizmente as coisas terminam de maneira satisfatória, funcionando para dar mais força à personagem. A sexta temporada também marcou o retorno de seu irmão mais novo, Bran, que se mostra mais importante do que imaginávamos no modo como é capaz de manipular os acontecimentos passados. Ainda assim, é um personagem frágil que necessitaria de mais cuidado por parte dos roteiristas.

No mais, é bom perceber que, com as alianças que estão se formando, a série vai estreitando os caminhos e diminuindo o número de núcleos para uma conclusão na qual possivelmente só um deles liderará o trono. Se bem que eu não entendo essa ambição por liderar os sete reinos, mas, enfim, se essa é a intenção da série quando chegar ao fim, vamos ver no que vai dar. Enquanto isso, é bom que a série continue saciando a sede de sangue de seus espectadores mal acostumados com a catarse que a violência da série tem proporcionado. E deixo meus votos para que jamais nos sintamos como Theon em um puteiro.

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