quarta-feira, março 05, 2014

BACKBEAT – OS 5 RAPAZES DE LIVERPOOL (Backbeat)



Deve fazer uns 20 anos que eu vi este filme no cinema. Talvez menos, levando em consideração o possível atraso na chegada às nossas salas. Mas o motivo principal pra eu querer rever BACKBEAT – OS 5 RAPAZES DE LIVERPOOL (1994) foi eu ter retomado a leitura de The Beatles – A Biografia, de Bob Spitz. Tinha parado por causa dos vários textos do mestrado e nem sei se vou ter que parar novamente, mas o importante é que eu retomei e li sobre a louca fase dos Beatles em Hamburgo, quando eles ainda não tinham lançado nenhum disco.

Lembro que, na época da estreia do filme, um dos motivos de eu ficar muito a fim de ver era a presença de Sheryl Lee, a eterna Laura Palmer de TWIN PEAKS. Era um tempo em que eu me interessava por qualquer coisa relacionada à série, principalmente os filmes com as atrizes. Sheryl faz aqui o papel da fotógrafa Astrid Kirchherr, a garota que roubou o coração de Stuart Sutcliffe (Stephen Dorff), o então baixista dos Beatles e melhor amigo de John Lennon. Assim, embora o filme se debruce sobre essa época tão especial e selvagem da banda, trata-se de uma história de amor entre Stu e Astrid tendo como pano de fundo aquele cenário e o rock dos anos 1950 que era tocado pela banda.

Acho que o filme caiu um pouco na revisão e, pra quem leu esta biografia ou qualquer outro livro dos Beatles que fale mais detalhadamente dessa fase inicial, a narrativa parece muito corrida. Mas isso é normal em se tratando de filmes que só tem cerca de duas horas para contar uma história. Nesse sentido, até que o então estreante Ian Softley (de A CHAVE MESTRA, 2005) se saiu bem.

Os atores escolhidos para viver John, Paul e George são realmente parecidos com os verdadeiros. Diferente, por exemplo, do jovem John Lennon de O GAROTO DE LIVERPOOL, de Sam Taylor-Johnson, cujo ator não parece fisicamente em nada com o John, embora o filme tenha resultado melhor e mais emocionante, servindo, inclusive, de prelúdio para BACKBEAT.

O que eu já não me lembrava mais – e que ainda não cheguei no livro – é do triste fim de Stuart Sutcliffe, que foi embora cedo demais. O choro desesperado de Astrid acabou trazendo resquícios da Laura Palmer, de David Lynch. De todo modo, apesar dos pequenos problemas, BACKBEAT é um belo filme, que serve tanto para velhos conhecedores quanto para novos fãs da banda.

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