quinta-feira, dezembro 19, 2013

NÃO GOSTEI



O ano está perto de acabar e tem uns filmes que vi há um tempão que, ou por falta de tempo ou por falta de inspiração, acabaram ficando pra trás. E por isso eu os trago pra cá, pra esse tradicional "três em um", com comentários bem rasteiros sobre filmes que não fizeram a minha cabeça.

MEU PÉ DE LARANJA LIMA 

Estou com uma crise atualmente no que concerne a filmes dirigidos ao público infantil. A não ser que sejam realmente muito bons, eles me aborrecem bastante a ponto de me passarem muito sono. Não há café que dê jeito. Nesta mais recente adaptação do popular livro de ficção de José Mauro de Vasconcelos, o diretor e roteirista Marcos Bernstein, de CENTRAL DO BRASIL (1998), não chega a comover com a história do menino que sofre maus tratos dos pais e encontra conforto na figura de um amigo mais velho e num pé de laranja lima que fica no quintal de sua casa. É pra ele que o jovem protagonista conta seus segredos. MEU PÉ DE LARANJA LIMA (2012) tem uma cara de filme velho, de anacrônico, no pior sentido da palavra, que incomoda, e as emoções passam longe.

ELYSIUM 

Muita gente queria ver o tal filme de ficção científica que trazia no elenco Wagner Moura e Alice Braga. Mas ELYSIUM (2013), de Neill Blomkamp, acabou decepcionando bastante, apesar do enredo interessante. Na trama, o mundo é dividido entre aqueles que moram na merda, isto é, num planeta Terra totalmente devastado e comido pela pobreza e pela poluição, e aqueles que moram em Elysium, lugar dos mais ricos e privilegiados que têm inclusive um aparelho que cura todas as doenças. O personagem de Damon, um operário das classes nada abastadas, tem poucos momentos de vida depois de um acidente que envenena seu corpo com radioatividade. Diria que com uma trama interessante dessas um diretor melhor teria resolvido.

UM TIME SHOW DE BOLA (Metegol) 

No aspecto técnico, UM TIME SHOW DE BOLA (2012) não fica a dever à grande maioria das animações americanas. Mas o mais importante falta neste filme dirigido pelo especialista em dramas Juan José Campanella: alma. Coisa que boa parte dos filmes da Pixar tem e que é a principal preocupação, apesar da excelência técnica. Por isso que a nossa animação UMA HISTÓRIA DE AMOR E FÚRIA é muito melhor, apesar de tão pobrinha tecnicamente. UM TIME SHOW DE BOLA parece um TOY STORY sem emoção. E diria que até um pouco chato em seu enredo, que envolve um rapaz viciado em pebolim que humilha no jogo um sujeito e este último volta, agora um jogador de futebol de sucesso, para a revanche. Com a destruição do bar e do pebolim, os bonecos vivos saem por aí e encontram o seu grande jogador. Juntos, eles tentam ajudar o protagonista a recuperar a sua amada, que foi sequestrada pelo vilão. Ah, o filme começa com uma referência a 2001 – UMA ODISSEIA NO ESPAÇO até que bem criativa. Mas isso não é o bastante.

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