sexta-feira, maio 24, 2013

VELOZES & FURIOSOS 6 (Furious 6)























É preciso relevar muita coisa para se gostar de um filme como VELOZES & FURIOSOS 6 (2013). Tudo bem que não se deve esperar nenhuma dramaturgia sofisticada da franquia, nem sequências de ação dignas de um cineasta classe A do gênero. Justin Lin, por mais que tenha melhorado, ainda não chegou a essa categoria. A sorte da franquia está na união da "família", que ganhou novo fôlego em VELOZES E FURIOSOS 4 (2009), ao reunir novamente Vin Diesel e Paul Walker, e que ganhou um novo aliado na figura de Dwayne Johnson em VELOZES E FURIOSOS 5 – OPERAÇÃO RIO (2011), até agora o melhor da cinessérie.

VELOZES & FURIOSOS 6 tem como destaque a volta de Lettie (Michelle Rodriguez), grande amor de Toretto (Vin Diesel), dada como morta no quarto filme. Agora ela está no time dos vilões, isto é, no grupo de mercenários que a turma de Toretto precisa pegar para recuperar não só Lettie, como também o perdão judicial, prometido pelo Agente Hobbs (Dwayne Johnson), caso eles capturem o perigoso Shaw (Luke Evans) e sua gangue. É, portanto, um filme de homens numa missão.

Uma coisa que se percebe neste sexto exemplar da franquia é o quanto o seu orçamento está mais robusto. Se o primeiro filme teve um orçamento de 38 milhões de dólares, este sexto custou 160 milhões. Quer dizer, a Universal está mesmo apostando as fichas na popularidade dos filmes. Tanto que o sétimo já está agendado para o próximo ano, com a presença de mais outro astro que deverá ser o grande vilão, Jason Stathan.

Outro chamariz de VELOZES & FURIOSOS 6 é a luta de Lettie com a personagem de Gina Carano, a bela e marrenta lutadora de MMA que ganhou fama no cinema em A TODA PROVA, de Steven Soderbergh. Aqui ela interpreta a parceira do Agente Dobbs. É um papel bem ruim, mas qual papel no filme é bom, afinal? O que querem dela mesmo é sua presença e suas habilidades com artes de luta.

Um dos problemas do novo filme é a duração excessiva (130 minutos), que chega a cansar com tantas perseguições mal editadas e um final falso. Quando a gente acha que vai acabar, surge outro problema para a turma de Toretto resolver. E, assim, inventam uma mirabolante cena de perseguição noturna envolvendo um avião, que mais funciona para alongar um filme que já era longo do que para torná-lo eletrizante.

Com o tanto de dinheiro gasto ali, dá pra imaginar o quanto uma cena dessas ficaria nas mãos de um cineasta mais hábil e talentoso. Não é porque tem grandalhões como Dwayne Johnson e Vin Diesel e um astro tão sem expressividade como Paul Walker que a série tem que ser entregue sempre a um diretor de segunda categoria. Mas não adianta reclamar. A franquia é assim mesmo e, se faz sucesso do jeito que está, os executivos não devem ter a intenção de mexer em time que está ganhando. Pelo menos do ponto de vista mercadológico.

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