quinta-feira, maio 09, 2013

RED WIDOW























Radha Mitchell foi a razão de eu querer ver RED WIDOW (2013), versão americana da série holandesa PENOZA (2010-2012), que durou duas temporadas. Mesma sorte não terá a versão americana, que já nos primeiros episódios foi cancelada pelos executivos do canal ABC por causa da baixa audiência. A decisão do canal de passar o piloto (dirigido por Mark Pellington) seguido logo do segundo episódio até foi boa, pois passa a impressão de estarmos vendo um bom telefilme.

Apesar de ser uma série um tanto desleixada no roteiro, seus episódios prendem a atenção e o fato de a temporada só durar oito episódios é também um incentivo para que a vejamos até o último, que termina com um gancho lamentável. Tanto por ser ruim, quanto porque já se sabe que não haverá continuação para a série. De todo modo, é um final que carrega algum significado ou simbolismo, por mais bobo que seja.

Em RED WIDOW, Radha Mitchell é Martha Walraven, pertencente a uma família de mafiosos russos mas que deseja ter uma vida normal com o marido Evan (Anson Mount), que, apesar de não ser tão ligado à família da esposa, trafica maconha. Durante uma festa, ele decide fugir com a mulher daquele lugar e recomeçar a vida de maneira diferente. Mas acontece que o irmão de Martha, junto com um parceiro de negócios de Evan, conseguem uma grande quantidade de cocaína para revender. Evan não gosta nada daquilo e acaba morrendo assassinado, diante do filho pequeno.

Sobra para Martha, a viúva que não tem tempo de chorar a morte do marido, a tarefa de negociar com o principal suspeito do assassinato, Schiller (Goran Visnkic), o dono da coca. Resultado: Martha passa a ter uma espécie de relação de amor e ódio com Schiller, que não é exatamente um vilão que passa raiva ao espectador. Ao contrário: ele é até bastante carismático.

No início, fica a impressão de que cada episódio só mostrará as várias tarefas de Martha para Schiller, mas felizmente a série progride e traz episódios diferentes. Alguns personagens evoluem, outros passam a cometer atos idiotas, muito por culpa do roteiro ruim. De qualquer maneira, é uma série que tem os seus momentos, inclusive com episódios bem movimentados e empolgantes, mas que se ressente de uma melhor equipe de roteiristas.

O que é estranho, já que eles copiaram da versão holandesa. Em geral, quando os americanos copiam de séries estrangeiras, pelo menos a primeira temporada é boa (casos de HOMELAND, IN TREATMENT, THE OFFICE e THE KILLING). Em RED WIDOW, nem isso eles conseguiram.

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