terça-feira, maio 21, 2013

BATES MOTEL – PRIMEIRA TEMPORADA (Bates Motel – Season 1)























Quem é fã de PSICOSE (1960), de Alfred Hitchcock, deve ficar no mínimo curioso para saber o resultado desta série que apresenta o personagem Norman Bates, um dos assassinos mais famosos do cinema, na juventude, ainda com a mãe viva e procurando recomeçar a vida administrando um motel de beira de estrada em uma cidadezinha do interior. BATES MOTEL (2013), em sua primeira temporada, que encerrou nos Estados Unidos na segunda-feira passada no canal A&E, se mostrou uma das melhores surpresas da temporada. E já está entre as minhas séries favoritas da atualidade.

Ainda que seu criador seja Anthony Cipriano, quem faz a diferença na parte criativa é mesmo Carlton Cuse, presente entre 10 dos 10 episódios da temporada, como roteirista. O homem de LOST (2004-2010) novamente nos presenteia com roteiros espertos que nunca deixam a peteca cair. Seja através do suspense, seja no desenvolvimento dramático dos personagens, seja no modo como a série liga os pontos com o clássico de Hitchcock através de pequenos detalhes, tudo parece adequado e feito com esmero.

Vera Farmiga está excelente como a sra. Norma Bates, mãe super-protetora de Norman, um rapaz franzino e frágil que sofre com alguns problemas mentais, que só vão se revelando aos poucos, ao longo da série. Freddie Highmoore ficou ótimo no papel de Norman, com uma docilidade perfeita. Logo no primeiro capítulo, os roteiristas não negam bala e Norma é atacada e estuprada pelo antigo dono do motel. Que acaba sendo morto com a chegada de Norman, embora a decisão de matar e esconder o corpo tenha sido da mãe.

Assim, a série começa fazendo do espectador cúmplice compreensivo da morte do velho que atacou Norma. E ficamos tão estressados quanto eles no que se refere a esconder o cadáver e esperar para quando a polícia bater em sua porta para saber o que houve. Acontece que a série não fica só nisso. Há personagens interessantes que surgem para enriquecê-la, como Emma (Olivia Cooke), a adorável garota que tem problemas no pulmão e anda sempre com um tubo de oxigênio à tiracolo; há o irmão de Norman, Dylan (Max Thierot), rapaz simpático, mas que não se dá bem com a mãe; há a garota mais bonita da escola, Bradley (Nicola Peltz), por quem Norman fica apaixonado. Entre outros personagens interessantes, como o xerife da cidade.

BATES MOTEL é dessas séries cujos episódios acabam e a gente fica triste, querendo ver mais. Uma pena que são apenas 10 episódios. Mas a segunda temporada já está garantida para 2014. É esperar que a série saiba acabar no momento certo, já que não se pode enrolar muito um prequel sem que o público perceba, a não ser que os roteiristas sejam muito habilidosos.

P.S.: Foi produzido um telefilme chamado BATES MOTEL em 1987, mas não cheguei a ver. Pelo que falam, trata-se de um filme bem ruim, mas confesso que estou curioso para conferi-lo e ver quais as semelhanças com a série.

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