terça-feira, fevereiro 22, 2011

O RITUAL (The Rite)



Quando ouvi dizer que O RITUAL (2011) era ruim, não acreditei que fosse tão ruim. Esse papo de que é um filme realista, não é fantástico, pra mim não cola. Mas talvez até tenha sido mesmo a intenção do diretor sueco Mikael Håfström e do produtor Beau Flynn, o mesmo do ótimo O EXORCISMO DE EMILY ROSE. Foi ele que foi atrás do projeto e talvez o filme seja mais dele do que do diretor, nesse sentido. Håfström é mais uma dessas promessas que chegam aos Estados Unidos e se transformam em paus mandados.

O RITUAL até que começa de maneira intrigante. O protagonista, vivido pelo desconhecido Colin O'Donoghue, é um rapaz que trabalha ajudando o pai (Rutger Hauer) a embalsamar e maquiar cadáveres. Ele aceita entrar no seminário de Teologia com a intenção de não finalizar o curso, isto é, de não se tornar um padre. Mas um padre mais velho tenta impedi-lo e o manda a Roma, para uma escola de exorcismo. Pelo que dizem nas matérias do filme por aí, essa tal escola existe mesmo. E é quando chega lá que ele conhece um exorcista profissional (Anthony Hopkins).

As sessões do personagem de Hopkins com uma jovem possuída grávida são as melhores coisas do filme. Depois disso, é ladeira abaixo. Nem mesmo Alice Braga ajuda. Aliás, sua personagem é apagadíssima. Ficou parecendo uma atriz de quinta categoria. Ela merece coisa melhor do que anda pegando. Quando achei que PREDADORES era o fundo do poço para ela, vem esse O RITUAL.

Se há algo no filme que mereça crédito é a fotografia de Ben Davis (KICK-ASS, STARDUST), sempre muito escura, que serve como uma tentativa de dar ao filme um ar sempre opressivo; e a interpretação bem no tom do jovem O'Donoghue, que deu o melhor de si para o papel. As sequências externas em Roma também dão um ar de Dario Argento ao filme, mas essa impressão só dura uns poucos minutos. Enquanto O RITUAL parece durar várias horas.

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