quarta-feira, junho 07, 2006

ALIAS: CODINOME PERIGO - SEGUNDA TEMPORADA COMPLETA (Alias - The Complete Second Season)



Na falta de LOST, eu acabo pegando uns episódios de ALIAS para ver. Devargarinho consegui terminar de ver a segunda temporada (2002/2003) em DVD. Até estava cogitando parar por aqui e não ver mais nenhum episódio, já que dizem que a série cai bastante a partir do terceiro ano, mas depois do gancho do final dessa temporada eu não sei se vou conseguir me segurar.

O que me incomodava na primeira temporada era justamente a repetição. Não via muita graça naquelas missões que todo mundo sabia que ia ser fichinha para a heroína. Mas a série conseguiu usar a repetição a seu favor, quando resolve na primeira metade da segunda temporada jogar quase tudo para cima com o fim da SD-6, a companhia de espionagem que Sydney Briston (Jennifer Garner) pretende destruir. No entanto, o grande vilão da série, Arvin Sloane (Ron Rifkin) continua trabalhando por fora. E o tal mistério envolvendo Rambaldi continua sendo alimentado, ainda que só de vez em quando. Outra atitude corajosa dessa temporada foi finalmente botar os dois agentes - Sydney e Michael Vaughn (Michael Vartan) - para namorar e acabar logo com aquela síndrome de ARQUIVO X.

Sobre Jennifer Garner, ela é o tipo de garota que não combina no papel de mulher fatal. Ela acaba ficando ridícula quando põe uma peruca de outra cor e anda de maneira vulgar. Acho isso um dos pontos fracos da série. Tenho certeza que outra atriz desempenharia até melhor essa função. Mas por outro lado, é inegável a simpatia que Jennifer passa quando está em trajes mais comuns, além da extrema competência nas cenas de luta. Um dos personagens que eu mais gosto da série é Will Tippin (Bradley Cooper), que faz o amigo da Sydney que descobre que ela é na verdade uma agente supertreinada da CIA. Tanto que chego a ficar triste quando ele leva uma facada e corre o risco de morrer no final da temporada. A idéia do clone foi uma boa sacada. Uma das marcas dessa segunda temporada é a participação ativa de Lena Olin, no papel da suspeitíssima Irina Derevko, mãe de Sydney e provável traidora dos Estados Unidos. Aliás, posso até desagradar os fãs de Sydney, mas acho Lena Olin mais sexy que Jennifer Garner. Talvez porque, pra mim, Lena vai ser sempre a Sabina de A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DO SER.

Impressionante como o final do último episódio se parece com KILL BILL - VOL. 1. Suspeito que Quentin Tarantino, como fã da série, tenha se inspirado na luta de Sydney e Francie (Merrin Dungey) para fazer a luta de Uma Thurman com Vivica A. Fox. Claro que Tarantino teve resultados muito melhores, mas comparar os dois também é covardia. Até porque um seriado de tv tem prazos para cumprir e menos dinheiro envolvido. Mesmo assim, dá para se dizer que J.J.Abrams é um ótimo diretor. Engraçado que só agora que eu notei o quanto ALIAS bebeu na fonte de MISSÃO IMPOSSÍVEL, sejam os longas ou a série original. Por isso, nada mais justo que J.J. tenha sido escolhido para dirigir o terceiro filme da franquia.

Agora, com relação ao gancho do final da temporada: que coisa, hein. Foi a primeira vez que eu me senti realmente instigado com a série, coisa que só tinha acontecido com LOST. J.J. fala no making of que vem no disco 6 da caixa que sua série favorita é ALÉM DA IMAGINAÇÃO. E achei muito legal ele colocar esse clima de mistério dentro de uma série de espionagem, que lida mais com o raciocínio lógico e com a adrenalina.

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