segunda-feira, junho 26, 2006

POSEIDON



Não cheguei a acompanhar o ciclo dos disaster movies da década de 70. Tive a chance de ver vários desses filmes na televisão, mas não deu muita vontade de ver. Por isso, não tenho como comparar O DESTINO DE POSEIDON (1972) com essa refilmagem sob a batuta de Wolfgang Petersen, diretor acostumado a fazer filmes que se passam dentro d'água - O BARCO - INFERNO NO MAR (1981) e MAR EM FÚRIA (2000). POSEIDON (2006) é um de seus melhores trabalhos.

Quando vi o trailer do filme, imaginei que se tratava de um sub-TITANIC. E de certa maneira, é mesmo. O mérito do filme está, principalmente, em não deixar a peteca cair em nenhum momento. O filme de Petersen tem uma duração até menor do que o original e não se preocupa em dar um pouco mais de profundidade aos personagens. Ainda assim, é possível simpatizar com vários deles, escolher os favoritos, lamentar pela morte de alguns, festejar a sobrevivência de outros. Ver pessoas em momentos de dificuldade e agindo em equipe para salvar a si mesmo e aos outros é sempre algo que me deixa comovido.

O primeiro nome a aparecer nos créditos é o de Josh Lucas, ator de pouco brilho, mas que aos poucos ganha a simpatia por seus atos heróicos. Algo parecido acontece com o personagem de Richard Dreyfuss, um homossexual deprimido e rejeitado que pensa em suicídio justo na hora em que a onda gigante se aproxima do navio. Quem eu gostei logo de início foram das mulheres. Especialmente de Mía Maestro, a latina Elena. A jovem Emmy Rossum, que faz a filha do ex-prefeito Kurt Russell, pode-se considerar quase uma veterana dos novos disaster movies, já que esteve no elenco de O DIA DEPOIS DE AMANHÃ, na minha opinião, o melhor dessa nova safra. Não podia faltar um personagem antipático, aquele que a gente torce para que morra logo, como é o caso de Kevin Dillon.

A cena da chegada da onda e a conseqüente destruição progressiva do navio foram feitas com capricho pela produção. Tudo bem que com um orçamento de US$ 140 milhões não poderia ser diferente, mas não é nenhuma novidade a gente ver Hollywood torrando milhões em produções que nem ao menos oferecem o básico para o espectador. POSEIDON traz seqüências de deixar a gente com falta de ar e outras que dão aquele calafrio causado pelo alívio depois da sensação de perigo. Para quem esperava alguns bocejos e efeitos digitais frios, POSEIDON me deixou até bastante satisfeito.

Quanto aO DESTINO DE POSEIDON, o original, o filme está sendo lançado numa edição especial em DVD duplo.

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