sábado, setembro 12, 2015

TRÊS FILMES FRACOS



O corpo dói e confesso estar um tanto ranzinza. Mas não vamos deixar o blog parado por causa disso. Vamos usar esse mal estar para falar de filmes ruins. Despejar a raiva neles pode fazer bem. Ou não: pode gerar bad karma. Tanto faz. Vamos rapidinho que o tempo urge. Todos os filmes foram lançados em 2015.

TOMORROWLAND - UM LUGAR ONDE NADA É IMPOSSÍVEL (Tomorrowland)

A Disney costuma pisar na bola quando pretende fazer uma diversão infantil ou infanto-juvenil em live action. Não foge a regra com TOMORROWLAND – UM LUGAR ONDE NADA É IMPOSSÍVEL, o primeiro filme a sujar a imagem de Brad Bird, que veio de um desenho ótimo como O GIGANTE DE FERRO (1999), passou para desenhos milionários para a Pixar (OS INCRÍVEIS, 2004; RATATOUILLE, 2007), e depois para um excelente episódio da franquia de Tom Cruise, MISSÃO: IMPOSSÍVEL – PROTOCOLO FANTASMA (2011). Mas como todo mundo tem direito de errar, a gente dá um perdão para ele. TOMORROWLAND foi muito ambicioso e quebrou a cara feio nas bilheterias, que não conseguiram superar o seu orçamento de quase 200 milhões de dólares. Na história, Britt Robertson é uma jovem rebelde que encontra um objeto que a leva a descobrir um universo alternativo. Fazendo as devidas investigações, acaba encontrando um sujeito cujo passado está estreitamente ligado a esse lugar, o cientista recluso vivido por George Clooney. Caçados por andróides, eles entram em várias aventuras, confusões, mas chega um momento que o filme vai ficando muito chato e nada mais importa a não ser ir embora e esquecer aquilo.

PIXELS

Outra superprodução, PIXELS, de Chris Columbus, é uma comédia de ficção científica que tenta homenagear os videogames clássicos da década de 1980, inventando uma história em que extraterrestres atacam a Terra com “encarnações” de personagens de games clássicos. O filme tem a intenção de agradar crianças e adultos (até os com 40 ou 50 anos que tiveram acesso a esse tipo de game que se acessava fora de casa) e também os fãs de Adam Sandler, que no Brasil até que são muitos, embora nos EUA esse número esteja diminuindo cada vez mais. Sandler é um sujeito normal que acaba se tornando, junto a outros caras, em heróis nacionais, só por terem sido campeões nos tais games quando crianças. A bela Michelle Monaghan aparece como interesse amoroso de Sandler e ajuda a deixar o filme mais simpático. No mais, é uma grande bobagem que até que funciona bem no começo, mas depois é preciso ter muita paciência pra aguentar. Sem falar no sentimento de constrangimento que alguns momentos reservam.

LINDA DE MORRER

Falando em sentimento de constrangimento, o que dizer desse LINDA DE MORRER? Há tempos não via um exemplar tão ruim de nossa cinematografia. E olha que até que temos bastante, embora eu seja bastante generoso com os nossos filmes. E Glória Pires costuma ser uma boa atriz, mas é preciso que haja um bom roteiro e uma boa direção. Senão, não adianta nada. Na trama, ela é uma mulher que supostamente descobriu a cura para a celulite. Por causa disso, ela se torna uma mulher extremamente famosa. O que ela não sabe é que os tais comprimidos trazem efeitos colaterais, como irritabilidade e até mesmo a morte. E é isso que acontece com ela: morre e seu espírito fica preso na Terra, tentando buscar um meio de avisar a todos sobre os riscos do remédio. Topa com um homem que se descobre um médium, que a ajuda a fazer as pazes com a filha e a desmascarar os culpados. As referências a GHOST – DO OUTRO LADO DA VIDA são óbvias, mas nem é isso que incomoda. É que o filme não tem a menor graça e suas piadas só servem mesmo para atestar a incapacidade da diretora Cris D’Amato em fazer algo decente para o cinema.

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