sexta-feira, agosto 03, 2012

A BONECA DO DEMÔNIO (The Devil-Doll)



Uma pena que a carreira de Tod Browning tenha terminado tão cedo. Tudo bem que ele dirigiu inúmeros filmes na época do cinema mudo, incluindo a obra-prima O MONSTRO DO CIRCO (1927), mas sua entrada no cinema falado foi curta, ainda que gloriosa, com filmes como DRÁCULA (1931), MONSTROS (1932) e este A BONECA DO DEMÔNIO (1936), seu penúltimo trabalho, que dialoga tanto com seus próprios filmes, lidando com um tipo de horror mais pesado, quanto com algumas produções da Universal que fizeram bonito com os efeitos especiais, como A NOIVA DE FRANKENSTEIN e O HOMEM INVISÍVEL.

A BONECA DO DEMÔNIO é uma macabra história fantástica que envolve um homem sedento de vingança que acabou de fugir de uma penitenciária e uma mulher com jeitão de bruxa, que lida com experiências com a diminuição do tamanho de animais. Seu laboratório é um misto de casa de bruxaria com laboratório científico do século XIX. As circunstâncias (e a vontade mórbida da mulher) fazem com que eles resolvam experimentar com seres humanos. Durante o processo, a pessoa em estado diminuído fica à mercê da vontade do manipulador.

Lionel Barrymore é Paul Lavond, o homem que se traveste como uma velha senhora, a fim de se vingar de seus inimigos da maneira mais cruel possível. Há também a linda e jovem Maureen O'Sullivan, que interpretou a Jane em vários filmes do Tarzan produzidos nas décadas de 1930 e 1940, no papel da filha de Lavond. Ela é responsável pelo momento terno do filme, e que o torna mais especial. A BONECA DO DEMÔNIO, embora lide com um tema bem bizarro, não chega ao grau de bizarrice de O MONSTRO DO CIRCO e de MONSTROS.