domingo, setembro 19, 2004

REI ARTHUR (King Arthur)



É ruim ir ao cinema sem muito entusiasmo pra ver um filme. Às vezes acontece de a gente até gostar, ter uma boa surpresa. Não foi o caso desse REI ARTHUR, de Antoine Fuqua. O diretor parece ter tido sorte apenas com um único filme: o ótimo DIA DE TREINAMENTO (2001).

Pra começar, já achei uma bobagem essa história de procurar a "verdadeira história" do Rei Arthur. Pra que, se a mitologia em torno da Távola Redonda é tão mais fascinante? Lembro que o meu primeiro contato com essa mitologia foi lendo uma inesquecível série em quadrinhos da DC chamada Camelot 3000. A história mostrava os cavaleiros do Rei Arthur reencarnados no ano 3000. Foi quando eu conheci a traição de Guinevere com Lancelot, o amor espiritual de Tristão e Isolda, a busca do Cálice Sagrado etc. No cinema, a melhor adaptação desse mito ainda é EXCALIBUR (1981), de John Boorman. Gostei também de AS BRUMAS DE AVALON (2001), mini-série produzida pela TNT. Vale destacar outra produção para a tv muito boa: MERLIN (1998). No cinema, vi o insosso LANCELOT - O PRIMEIRO CAVALEIRO (1995), de Jerry Zucker, mas esse merece ser esquecido mesmo.

REI ARTHUR é outro exemplar que nem precisa de muito esforço pra ser esquecido. Basta sair do cinema. Pra não dizer que não gostei de nada, há a tal cena da batalha no lago congelado. No mais, Clive Owen está bem como o Rei Arthur e Keira Knightley estava bem como uma estranha Guinevere, pelo menos até o momento em que ela usa aquela roupa ridícula para lutar. E precisava fazer cara de safada na cena de casamento com Arthur?

REI ARTHUR é exemplo de filme idealizado pelo seu produtor, Jerry Bruckheimer, que achava que bastava pôr um monte de cenas de ação (sem sangue), uma música grandiloqüente e umas tomadas aéreas pra que um filme fique bom. Saudade dos anéis de Peter Jackson...

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