quinta-feira, outubro 02, 2003

PETER BOGDANOVICH EM DOIS FILMES



Recentemente vi dois filmes de Bogdanovich. Um deles inclusive é bem popular e conhecido e até está no top 10 da Fer. Trata-se de ESSA PEQUENA É UMA PARADA (1972). O outro filme é LUA DE PAPEL (1973). São dois bons filmes que garantem diversão de qualidade para o espectador, mas nenhum deles chegou a me conquistar. Do Bogdanovich ainda prefiro NA MIRA DA MORTE (1968). Com esse filme, o cineasta tinha tudo pra ser um dos grandes da sua geração, ao lado de Scorsese, DePalma e Coppola. Mas com o tempo ele foi ficando cada vez mais apagado. Além do respeito conquistado pelos seus primeiros filmes, Bogdanovich tem no currículo uma série de entrevistas preciosas com grandes diretores de cinema. Ele é um grande estudioso do cinema. Mas como eu não sou nenhum especialista na vida do cara, vamos direto para as impressões que eu tive vendo esses dois filmes.

ESSA PEQUENA É UMA PARADA (What's Up, Doc?)

Refilmagem de LEVADA DA BRECA (1938), de Howard Hawks, esse filme é bem maluquinho. Às vezes até parece desenho animado, principalmente naquela cena final da perseguição de carros. Engraçado como os títulos brasileiros de ambos os filmes (o do Hawks e o do Bogdanovich) trazem gírias de suas épocas. Hoje em dia ninguém dia mais que a menina é "uma parada". Dizia-se isso nos tempos da Jovem Guarda. Hehehe. O filme mostra uma mulher atraente (é a Barbra Streisand, acredite) que transforma a vida de um sujeito (Ryan O'Neal) num inferno.

O que mais? Ah, deixa pra lá. Eu odeio não ter muito o que dizer de um filme. Mas quero deixar claro que eu gostei bastante. Ótima diversão.

LUA DE PAPEL (Paper Moon)

Esse filme também traz Ryan O'Neal. Dessa vez ele é um trambiqueiro nos EUA da Lei Seca que vive de aplicar golpes nas pessoas. Ele conhece uma garotinha de nove anos e ensina a menina a sobreviver através dessas enroladas. A garotinha, Tatum O' Neal, filha de Ryan, ganhou o Oscar pelo papel. Eu fiquei meio decepcionado com esse filme. Achei que iria ter um final desses de chorar e tal, mas achei meio sem graça. Depois desse filme, começou a decadência do diretor.

Sabe que eu gosto do ator dos dois filmes, o Ryan O'Neal?? O cara é o próprio BARRY LYNDON (1975) na obra-prima do Kubrick e é também protagonista de LOVE STORY (1970). Dois filmes que eu tenho especial carinho.

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