domingo, outubro 18, 2015

FEAR THE WALKING DEAD – 1ª TEMPORADA COMPLETA (Fear the Walking Dead – The Complete First Season)



Deve ter sido o Rock in Rio. Ou as muitas séries e as preocupações do trabalho. Ou então foi o fato de a série não ser suficientemente boa e empolgante, a ponto de eu ter deixado passar justamente a season finale. É que eu também não sabia que eram só seis episódios nesta primeira temporada. Felizmente eles conseguiram finalizar com um bom episódio.

Não é que FEAR THE WALKING DEAD (2015) seja ruim, mas é que se trata de uma série que já nasceu sob o estigma de ser caça-níquel, de querer se aproveitar do sucesso garantido de THE WALKING DEAD, que está não só muito bem de público (é a série de maior audiência dos canais fechados americanos), mas também de boa parte da crítica.

Então, se a turma curte zumbis, por que não expandir o universo e criar um spin-off? É sucesso garantido. A ideia funcionou, embora todos tenham percebido que ali se tratava de um produto menor. A intenção é mostrar duas famílias que se juntam em circunstâncias difíceis durante a proliferação do vírus que torna as pessoas em mortos-vivos e que deixa o mudo em colapso.

Não deixa de ser interessante ver essa evolução, o começo de tudo, já que THE WALKING DEAD já nos apresenta o mundo povoado por zumbis, pois começa do ponto de vista de Rick, que estava em estado de coma em um hospital. Em FEAR THE WALKING DEAD acompanhamos o drama de uma família quebrada cujo denominador comum é Travis Manawa (Cliff Curtis), atualmente quase casado com Madison Clark (Kim Dickens), que tem dois filhos, uma moça bonita, Alicia (Alycia Debnam-Carey), e Nick (Frank Dillane), um rapaz viciado em heroína e que dá muito trabalho à família por isso.

Travis também se preocupa com a ex-esposa, Liza Ortiz (Elizabeth Rodriguez), com quem tem um filho adolescente. Outra família passará a fazer parte do núcleo desta primeira temporada, que vai apresentando os mortos-vivos aos pouquinhos, até fechar com algo parecido com a série-mãe. E há um personagem novo que é apresentado nos dois últimos episódios que tem cara de ter conquistado a audiência, com seu autocontrole, esperteza e elegância.

Dentro desse período de seis episódios acompanhamos as transformações daquele grupo, que demora um pouco a criar coragem de meter a faca ou uma bala na cabeça de um errante. A ideia de que são pessoas doentes ainda está presente. No último episódio, a adrenalina sobe, mas talvez tenha sido um pouco tarde, embora seja promessa de boas possibilidades para o futuro da série.

Como a premissa é a mesma de THE WALKING DEAD, a construção dos personagens e os dramas pessoais entre eles deverão ser feitos com cuidado e com inteligência, de modo que consigam dar longevidade à série. Como é uma história original e não é baseada nos quadrinhos de Robert Kirkman, eles têm toda a liberdade para fazer o que quiserem. Para o bem ou para o mal. Ao que parece, a segunda temporada contará com 15 episódios.

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