quarta-feira, novembro 03, 2010

AS CARIOCAS - A ATORMENTADA DA TIJUCA



Infelizmente a expectativa em torno do episódio de AS CARIOCAS protagonizado por Paola Oliveira era pura fixação de minha parte pela beleza da moça. A ATORMENTADA DA TIJUCA (2010) se por um lado tem um texto que se destaca mais do que os dois anteriores na voz do narrador, graças às inspiradas falas de Stanislaw Ponte Preta, não tem um enredo tão interessante quanto os anteriores e nem tampouco é generoso ao mostrar os atributos físicos da beldade. Até porque durante metade do episódio ela é uma mulher que tem horror a homens, frustrada que ficou desde a dramática separação com o violento ex-marido.

Assim, ela não pensa duas vezes antes de dar uma cotovelada em qualquer sujeito que queira se aproveitar dela num ônibus. No trabalho, então, como a moça é de uma beleza de parar o trânsito, ela é constantemente assediada pelo patrão e pelos demais empregados. Volta a morar com a mãe, vivida pela reaparecida Denise Dumont, que interpreta uma personagem que tem muito a ver com o passado da atriz, a de uma mulher que no passado foi uma estrela das pornochanchadas. Se bem que eu acho o termo bem perjorativo se pensarmos nos trabalhos da atriz. E eu nem sei se foi bom ter visto Denise de volta à ficção, fazendo papel de mãe agora. Gosto de lembrar dela como a garota sem frescuras e de corpo fantástico dos filmes oitentistas. Mas como já tinha visto a atriz no documentário O HOMEM QUE ENGARRAFAVA NUVENS, a surpresa não foi assim tão traumática.

Na trama de A ATORMENTADA DA TIJUCA, Clarissa (Paola) recebe a visita do seu melhor amigo de infância (Gabriel Braga Nunes). Como um companheiro gay, ele levanta a moral da moça, inclusive no ambiente de trabalho. O desfecho é bem previsível e não chega a empolgar, mas pelo menos somos brindados no final com imagens de Paola na cama. Tudo muito rápido, mas capaz de ficar grudado em nossas retinas durante mais tempo do que a maior parte do episódio. A ATORMENTADA DA TIJUCA foi dirigido por Amora Mautner, filha do compositor e poeta maldito Jorge Mautner.

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