quinta-feira, agosto 05, 2010

QUERIDO JOHN (Dear John)



Disseram que era filme de mulherzinha e tal, mas eu não resisti. A direção é de Lasse Hallström, o cara que me fez chorar à beça numa história de cachorro - SEMPRE AO SEU LADO (2009). E ainda podemos contar com a presença exuberante de Amanda Seyfried. E realmente, no cinema que eu fui, a maior parte do público era composto por mulheres. Mas como tenho interesse não apenas por mulheres, mas por seu universo e sua inteligência emocional mais evoluída, não resisti a este QUERIDO JOHN (2010). Tenho quase um prazer masoquista em chorar vendo filmes. E quanto a isso, não tenho do que reclamar do filme, que deve ter feito chorar pelo menos 90% do público daquela sessão de meio-dia de domingo. O percentual, óbvio, é só um chute para efeitos dramáticos.

A trama, baseada num best-seller, é simples, mas um pouco mais complexa do que eu esperava. O filme é mais do que uma história de amor envolvendo uma jovem que se apaixona por um soldado (Channing Tatum) e que tem que esperar um ano por ele. Aliás, esse negócio de esperar um ano me lembrou um pouco ANTES DO AMANHECER, mas é melhor não se entusiasmar muito com a comparação. Foi só uma lembrança rápida. É que tem a questão do tempo e tem também o fato de o rapaz não chegar a beijá-la no primeiro encontro. Os dois ainda ficam se conhecendo e mantendo aquela tensão que faz com que o beijo role muito mais gostoso. Mas aí entra o diferencial: as cartas entre os dois. Cartas à moda antiga, pois onde o rapaz vai não tem como ele acessar a internet e ver os e-mails. E isso, claro, torna a situação mais romântica.

Outro elemento que também contribui para momentos emocionantes do filme é o personagem do pai do rapaz, interpretado por Richard Jenkis, conhecido de quem viu A SETE PALMOS. Ele sofre de autismo e tem uma dificuldade enorme de se relacionar com as pessoas. Sem querer entregar algo a mais do filme, a cena do hospital é de doer o coração. Outro momento de extrema beleza, principalmente para quem é fã de Amanda Seyfried, é vê-la cantando, o que dá até uma vontade de conferir a trilha sonora. Acredito que se Lasse Hallström se concentrar nos melodramas lacrimosos, ele pode ter uma carreira respeitável.

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