segunda-feira, junho 23, 2008

AGENTE 86 (Get Smart)



Saiu melhor do que a encomenda esta adaptação para o cinema da série de tv dos anos 60 AGENTE 86 (2008). A série que durou cinco temporadas, de 1965 a 1970, ganhou inúmeros prêmios e fez bastante sucesso no Brasil. Minha memória é curta, mas lembro de ter visto vários episódios, sendo que a seqüência de abertura é inesquecível, com Maxwell Smart passando por várias portas até chegar no seu ambiente de trabalho, uma agência secreta do Governo Americano, a Control (que seria uma paródia da CIA). O principal objetivo da organização é combater a K.A.O.S, uma organização terrorista que tem como principal objetivo fazer o mal. Simples assim. A série foi feita como uma sátira de James Bond.

O filme foi dirigido por Peter Segal, diretor da ótima comédia romântica COMO SE FOSSE A PRIMEIRA VEZ (2004) e da comédia escrachada CORRA QUE A POLÍCIA VEM AÍ 33 E 1/3 (1994). A opção pela escalação de Steve Carell foi mais do que acertada, principalmente levando em consideração que a opção inicial para o personagem alguns anos atrás era Jim Carrey. Tudo bem que Carell também passa um pouco de Michael Scott (THE OFFICE) para o seu Agente 86, mas não dá pra imaginar outro ator melhor para o papel. E é bom lembrar que boa parte das piadas foram criadas pelo próprio Carell, que foi modelando o filme à sua maneira. A lista de piadas boas que o filme tem já justifica a sua inclusão, destaque para a cena do banheiro, onde Smart precisa ouvir o que os russos estão dizendo, enquanto está "tirando água do joelho".

Porém, o filme não seria bem sucedido se a Agente 99 também não fosse igualmente sexy e não tivesse uma boa química com Carell. Anne Hathaway, a garota inocente de O DIABO VESTE PRADA, nunca esteve tão sensual e por isso chega a surpreender e a encantar a audiência. Hathaway está vestida para matar no filme. Quanto às cenas de ação, como se trata de uma superprodução para cinema, AGENTE 86 tem efeitos especiais e um tom que faz lembrar às vezes AS PANTERAS, principalmente na seqüência do pára-quedas. Entre os coadjuvantes (também de luxo), temos Terence Stamp, como o vilão Siegfrid; Dwayne Johnson (ex-The Rock), como o Agente 23; Alan Arkin, como o chefe; e James Caan como o Presidente da República. Que não chega a ser tão engraçado quanto Leslie Nielsen em TODO MUNDO EM PÂNICO 3, mas dá pro gasto, até porque sempre é bom tirar sarro do Bush na escola lendo livros para as criancinhas. Para fãs de HEROES (se é que ainda sobrou algum), tem a presença de Masi Oka. No mais, o filme é correto, divertido, mas não o suficiente para considerarmos memorável. Mas eu não me incomodaria em assistir uma continuação.

P.S.: Esqueci de comentar, mas a Liga dos Blogues Cinematográficos já divulgou o resultado do ranking anos 2000. Quem ainda não viu, dêem uma checada nos filmes eleitos.

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