sábado, fevereiro 11, 2006
ORGULHO E PRECONCEITO (Pride and Prejudice)
Estou aqui numa lan house, no intervalo entre as sessões de ORGULHO E PRECONCEITO (2005) e JOHNNY E JUNE. Como ainda tenho uma hora, e como meu computador deu pau, vou tentar arriscar um texto meio rasteiro sobre ORGULHO E PRECONCEITO, esse belo filme que me deixou constrangido quando as luzes do cinema se acenderam, mal dando tempo de eu enxugar as lágrimas. Tive uma reação semelhante a quando eu assisti RAZÃO E SENSIBILIDADE, de Ang Lee, alguns anos atrás. Se tivesse que comparar os dois filmes, teria dificuldade de dizer qual dos dois eu gostei mais.
Joe Wright, o diretor, deu impressão de ser um veterano, tal a segurança que eu senti durante o filme inteiro. No entanto, este é o seu primeiro longa-metragem para cinema. Antes, ele havia trabalhado apenas em mini-séries para a televisão inglesa. Eu me encantei especialmente com as cenas no baile, com aqueles travelings maravilhosos, com a música e com a dança, tão alegre que dá vontade de viver na Inglaterra vitoriana. Muito divertido ver as mulheres desesperadas para arranjar marido. O universo de Jane Austen lida com pessoas cheias de paixão, mas que têm que lidar com convenções sociais e com suas próprias dúvidas. Engraçado, eu achava que Keira Knightley era americana. Mas não. Ela é inglesa. E ela caiu como uma luva para a personagem Elizabeth Bennet, mais velha das cinco filhas da família Bennet. A fotografia do filme destaca muito bem sua beleza. Em especial, naquela cena perto do final, quando o dia está amanhecendo.
Matthew Macfadyen, até então desconhecido, pode ser que alcance o estrelato com esse papel. Ele faz o par romântico de Keira, Mr. Darcy, um sujeito aparentemente antipático - e no começo ele é mesmo - que esconde sua verdadeira persona. ORGULHO E PRECONCEITO é um filme sobre personas, isto é, um filme sobre máscaras, sobre o que aparenta ser. Jane (Rosamund Pike), a irmã de Elizabeth, parece não estar apaixonada por Mr. Bingley. Assim como todo mundo achava que Elizabeth não amava Mr. Darcy. Só a Judi Dench é que não engana ninguém e seu jeito antipático ficou perfeito para a personagem.
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