quarta-feira, setembro 07, 2005

PENETRAS BONS DE BICO (Wedding Crashers)



Em UM GRANDE GAROTO, Hugh Grant se infiltrava num grupo de mães solteiras para se aproveitar da fragilidade das mulheres e poder dar uns amassos. Em PENETRAS BONS DE BICO (2005), temos dois homens, interpretados por Owen Wilson e Vince Vaughn, que entram de gaiatos em cerimônias e festas de casamento para se dar bem com as damas de honra, aproveitando-se do clima de romance no ar.

Boa parte da crítica está adorando o filme. Na revista SET deram nota 9 (se bem que eles dão nota boa pra todo filme de destaque) e na Folha de São Paulo de hoje o filme recebeu cotação máxima. Eu já não me entusiasmei tanto assim. Não resta dúvida que é um filme simpático, mas pra quem leu uma matéria dizendo que as platéias riam sem parar, acabei ficando bastante decepcionado ao entrar no cinema e ver o filme recebido com certa frieza pelo público. Algumas risadas surgem, é verdade, mas nada de gargalhadas em volume alto. Sei que isso não é termômetro para se medir a qualidade de um filme, mas é um fator que pesa para esse tipo de filme, que tenta juntar a doçura das comédias românticas com as canalhices das comédias sexistas dos anos 80. De herança desse subgênero, aliás, há uma boa seqüência na mesa de jantar.

Pra quem sempre achou Vince Vaughn sem graça, até que eu gostei dele nesse filme. A cena do rapaz "esquisito" no quarto com ele é um dos destaques. Há uma boa participação de Will Ferrell, não creditado. Ele surge como um bônus surpresa para o público. A moça que faz o par romântico de Wilson é Rachel McAdams, de DIÁRIO DE UMA PAIXÃO. Ela tem um rosto que lembra o de Jennifer Garner, só que um pouco mais bonita (os fãs de ALIAS vão me jogar pedras agora). Falando em ALIAS, há também no filme a participação de Bradley Cooper, como o namorado malvado de Rachel McAdams. O diretor, David Dobkin, é o mesmo de BATER OU CORRER EM LONDRES (2003), com Jackie Chan e Owen Wilson. Bom, melhor eu parar por aqui. Isso está ficando parecido com ficha técnica. Texto sem o mínimo de inspiração, nem o autor agüenta.

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