terça-feira, janeiro 06, 2004

BOORMAN, RAFELSON E ZINNEMANN



Esses são filmes que eu vi ainda no ano passado. Portanto, já devo ter esquecido muita coisa que gostaria de falar sobre eles. Todos eles são filmes da década de 70. Comento os três rapidamente.

AMARGO PESADELO (Deliverance)

Esse filme de 1972 é super-famoso e ultimamente anda sendo bem mais citado por conta de alguns filmes novos de terror e suspense que guardam algumas similaridades com esse clássico. O diretor é John Boorman, homem que costuma assinar quase sempre ótimos filmes (A SANGUE FRIO, EXCALIBUR, ESPERANÇA E GLÓRIA). Na trama, quatro amigos decidem atravessar de barco um rio numa cidade do interior dos EUA e são atacados por nativos do lugar. Engraçado os americanos criarem essa lenda de que o povo do interior é doido, psicopata. No elenco, John Voight, Burt Reynolds e Ned Beatty. Eletrizante. Gravado da TNT.

O DIA DOS LOUCOS (The King of Marvin Gardens)

Bob Rafelson já tem fama de cineasta chato. Ou sou só eu que acha isso?? O fato é que um dos seus filmes mais aplaudidos - O DESTINO BATE À SUA PORTA (1981) - não me agradou muito. O filme que mais gosto dele é aquele da Viúva Negra, cujo título não me lembro. Esse O DIA DOS LOUCOS (1972), que tem Jack Nicholson como protagonista, é bem chatinho, arrastado e cheio de situações nonsense. Acho que esses diretores nos anos 70 tinham muita droga na cabeça. Ellen Burstin está no elenco desse filme e eu já nem agüento olhar mais pra cara dela que eu começo a me lembrar da expressão de doida de RÉQUIEM PARA UM SONHO. Gravado da BAND.

O DIA DO CHACAL (The Day of the Jackal)

Delicioso filme de Fred Zinnemann, O DIA DO CHACAL (1973) é empolgante ao mesmo tempo que é relaxante, uma característica de vários filmes da década de 70, como A CONVERSAÇÃO, de Coppola, por exemplo. Baseado no romance de Frederick Forsyth, o filme conta a história do Chacal, um assassino profissional contratado para matar o presidente da França Charles De Gaulle. Muito legal ver a trama tanto do lado de quem está do lado do presidente, quanto da turma de rebeldes. Eita presidentezinho difícil de matar, hein!. Só queria que alguém me dissesse o que há de realidade e o que há de ficção nessa história. Zinnemann nos anos 70 já era diretor veterano. Ele já dirigia desde os anos 30 e são dele clássicos como ESPÍRITOS INDÔMITOS (1950), MATAR OU MORRER (1952) e A UM PASSO DA ETERNIDADE (1953). Gravado da Globo.

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