sábado, abril 16, 2011

MACHETE



Como o filme de Robert Rodriguez e Ethan Maniquis (nem sabia que havia esse codiretor) não chegou aos cinemas de Fortaleza e já está disponível no mercado de vídeo, o jeito foi ver em casa mesmo. Claro que o trailer promete um filme muito mais animador, mas MACHETE (2010) não deixa de ser uma diversão despretensiosa, um filme B que pode se dar ao luxo de contar com um elenco classe A. Se bem que o protagonista, Danny Trejo, o Machete do título, já dá o tom de B do filme, que conta com interpretações toscas, principalmente de Trejo e Steven Seagal. Aliás, eu devo ser mesmo um sujeito preconceituoso, pois sempre evitei os filmes com Seagal. Mas dessa vez não tive como evitar. O sujeito está um pouco fora de forma, coisa que nem sua tradicional indumentária preta pôde disfarçar.

Quanto ao elenco classe A - Robert De Niro, Jessica Alba, Michelle Rodriguez, Lindsay Lohan -, eles entram na brincadeira numa boa, embora muitos tenham se queixado de o fato de Jessica Alba ter usado uma dublê na cena de nudez e de Lindsay também ter preferido esconder os seios. Assim, a nudez de fato fica por conta de atrizes desconhecidas, sendo a melhor delas a que está no prólogo (animador, com seus excessos de violência gráfica) que precede os créditos, que apresentam o elenco de um jeito que lembra muito os spaghetti westerns e os filmes de Quentin Tarantino.

Na trama, Machete é um ex-policial federal que está sem identidade e dado como morto. Ele sobrevive com subempregos, ajudado pela personagem de Michelle Rodriguez, que supostamente vive de vender tacos e café num trêiler. Jessica Alba é a agente responsável por fiscalizar aqueles mexicanos que estão ilegais no país, bem como dar uma checada em coisas mais sérias, como tráfico de drogas e envolvimento com a máfia. Machete é contratado pelo personagem de Jeff Fahey para assassinar o senador candidato a reeleição que planeja construir uma cerca elétrica para evitar a passagem dos mexicanos pelas fronteiras. Pelo serviço ele ganharia uma boa soma em dinheiro.

Lindsay Lohan tem um papel bem menor do que eu esperava, mas sua aparição no final, vestida de freira com uma arma na mão, não deixa de ser visualmente marcante. Assim como Michelle Rodriguez de tapa-olho, talvez uma homenagem a KILL BILL, do amigo Tarantino. É um filme cujo tom combina com o desleixo habitual de Rodriguez na direção. Diria que se ele continuar seguindo essa seara, vai estar no caminho certo. Nunca será um diretor sofisticado como Tarantino, mesmo. Ainda assim, não há como não ficar impressionado com a cena de Machete saltando de uma janela usando as tripas de um inimigo.

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