terça-feira, maio 11, 2010

HOMEM DE FERRO 2 (Iron Man 2)



O primeiro filme do Homem de Ferro (2008) não me entusiasmou muito. Acho que o próprio universo do herói, ligado a espionagem e tecnologia, nunca me atraiu de verdade. Mas o filme foi elogiado até pelos fãs mais exigentes, que odiaram praticamente todas as adaptações já feitas dos heróis Marvel para o cinema até então. Como gostei bastante de O INCRÍVEL HULK, de Louis Leterrier, já percebi que a Marvel Studios está fazendo algo inédito no que se refere ao respeito pelos personagens da companhia. Ainda que haja um probleminha ligado aos direitos autorais de outros heróis, como o Homem-Aranha (Sony) e os X-Men (Fox), por exemplo, isso não tem impedido que heróis importantes do Universo Marvel possam se reunir no histórico e tão aguardado filme dos Vingadores, já com data de estreia para maio de 2012. Antes disso, ainda teremos o filme do Thor (maio de 2011) e o do Capitão América (julho de 2011), que apesar de se passarem em mundos e/ou períodos distintos do atual, completarão o quebra-cabeças que poderá fazer do filme dos Vingadores um marco na história da adaptação dos quadrinhos para o cinema. Mesmo sabendo que não é prudente comemorar por antecedência, saí da sessão de HOMEM DE FERRO 2 (2010) bem otimista quanto aos rumos das produções da Marvel Studios.

Trata-se de uma produção cheia de acertos em diversos aspectos. Coisas que poderiam dar errado, como o vilão Whiplash, vivido por Mickey Rourke, ficaram muito boas. A imagem de Rourke gritando de ódio após a morte do pai no prólogo do filme, com a câmera se afastando em travelling, trouxe algo de essencial dentro dos arquétipos das histórias em quadrinhos de super-heróis, ainda que o recurso seja quase tão antigo quanto o próprio cinema. Mas o melhor ainda estaria por vir. O personagem de Rourke seria responsável por uma das cenas mais empolgantes do filme: a da corrida de Fórmula 1 em Mônaco. Tanto essa cena quanto as demais sequências de ação e até mesmo a primeira aparição do Homem de Ferro mostram o quanto essas adaptações de HQs evoluíram. E o quanto se gasta com elas hoje em dia, mesmo em tempos de crise. Dá pra ver que não economizaram na produção, que está caprichadíssima.

Robert Downey Jr. continua sendo uma das escolhas mais felizes até hoje para um personagem de quadrinhos. Talvez só perdendo para a hoje lendária interpretação de Heath Ledger como o Coringa em BATMAN - O CAVALEIRO DAS TREVAS. Downey Jr. tanto tem um tipo físico próximo de Tony Stark, quanto combina sua persona debochada com o caráter muitas vezes duvidoso do personagem. Se nos quadrinhos, um dos momentos mais marcantes do Homem de Ferro foi a luta de Tony Stark contra o álcool, o segundo filme já ensaia isso, mostrando uma cena em que Stark toma todas numa festa de aniversário. E ainda por cima, usando a armadura do Homem de Ferro.

A dobradinha espionagem/tecnologia que se tornou uma marca das histórias do herói são muito bem aproveitadas no filme. Mas o que os marmanjos mais esperavam ver era Scarlett Johansson em ação, no papel da Viúva Negra. Se há uma coisa que se pode reclamar da participação de Scarlett é o pouco tempo de aparição. Por isso existe a possibiliade de que os apelos de que seja rodado um filme-solo da Viúva Negra sejam atendidoss. E de preferência, aproveitando ainda mais da sensualidade da personagem. HOMEM DE FERRO 2 também traz Samuel L. Jackson com muito mais tempo na tela, no papel de Nick Fury. Daí o filme ser considerado uma prévia da produção dos Vingadores, de tanto que se fala do tal Projeto Avengers. Outro acerto e que aumenta o nível de empolgação do espectador é a preferência por uma trilha sonora rock. The Clash, Queen e principalmente AC/DC são ouvidos com prazer durante as sequências de ação. Parabéns a Jon Favreau! Que os próximos filmes da Marvel continuem a curva ascendente! Os fãs agradecem.

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