sábado, julho 12, 2014

A MARCA DO MEDO (The Quiet Ones)



A Hammer Films tenta ressuscitar, mas por enquanto não tem sido fácil voltar à glória dos anos 1950-1970. Produções como DEIXE-ME ENTRAR (2010), A INQUILINA (2011) e A MULHER DE PRETO (2012) são bons exemplares, mas ainda é pouco em quantidade e em repercussão. A volta da Hammer tem se mostrado bem tímida. E se depender de filmes fracos como A MARCA DO MEDO (2014), então, é melhor nem assinar o nome da produtora inglesa.

O filme de John Pogue (de QUARENTENA 2, 2011) até tem uma boa direção de arte que remete ao tempo que se passa a história, os anos 1970. A MARCA DO MEDO lida com o velho tema "crença vs. ceticismo". Na trama, um professor universitário, Joseph Coupland (Jared Harris), tenta provar, através de experimentos, que o que parece ser um caso de possessão pode ser provado por vias racionais.

O Professor já conta com um casal de assistentes, Krissi (Erin Richards) e Harry (Rori Fleck-Byrne), e completa o time convidando o apaixonado por filmagens Brian (Sam Claffin), que será responsável em registrar os eventos ocorridos na casa que funciona como laboratório para os experimentos. A jovem atormentada, Jane, é vivida por Olivia Cooke, conhecida por seu adorável papel na série BATES MOTEL.

Como espectadores de filmes de horror, temos a experiência de que raramente o sobrenatural é desmascarado no final. Ao contrário, no gênero, o racionalismo e o ceticismo são massacrados por eventos verdadeiramente sobrenaturais, sejam eles representados por fantasmas, demônios ou outras entidades. Bem diferente, por exemplo, dos desenhos do Scooby-Doo.

Assim, em meio a sustos gratuitos auxiliados pelo som alto do cinema e ganhando a antipatia do espectador logo no começo, A MARCA DO MAL apresenta a história da menina que parece estar possuída por outra. Trancada em uma cela e privada de sono, ela é instigada a ficar irritada para trazer à tona essa personagem que ela supostamente criou, de acordo com o Professor. Porém, o que se manifesta é cada vez mais perturbador para não se acreditar em algo que vai além do que se poderia explicar por leis da Física.

O filme melhora pelo meio, quando a trama começa a ficar mais interessante e não precisa mais de sustos bobos, mas infelizmente se encaminha para um desfecho fraco. Ainda assim, alguns momentos bons se destacam, como algo que sai da boca de Jane durante uma das gravações. Também muito boa a cena da sessão espírita na mesa redonda, tentando falar com Evey, a suposta entidade.

Quanto ao fato de ser baseado em fatos reais, há um link bem interessante comentando sobre o que houve no Canadá e o que é mostrado no filme AQUI.

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