segunda-feira, maio 11, 2009
STAR TREK
Assim como a grande maioria dos mortais, não sou conhecedor do extenso universo de Star Trek. No cinema, só comecei a ver mesmo a partir de JORNADA NAS ESTRELAS – A NOVA GERAÇÃO (1994), que foi o filme que passou o bastão da tropa do Capitão Kirk para a tripulação do Capitão Picard. Portanto, meus conhecimentos da chamada série clássica se limitam às minhas vagas lembranças de alguns filmes que aluguei no início dos anos 90 e de reprises de episódios vistos na televisão em fins dos anos 80. Mas para corrigir isso pretendo rever os seis primeiros filmes quando sair o luxuoso box da Paramount. E por mais que digam que o novo filme agrada tanto aos velhos fãs da série quanto a novatos desse universo, acredito que quem tem pelo menos um pouco de familiaridade vai curtir mais. O importante é que o novo STAR TREK (2009), dirigido por J.J. Abrams, traz novo fôlego para uma série que parecia enterrada com o fracasso de NÊMESIS (2002). O novo STAR TREK, se for bem recebido por um grande público, pode também trazer de volta a moda dos filmes de ficção científica espaciais, que estão cada vez mais escassos nos dias de hoje.
Comparando com os filmes que vi da série, ainda tenho como favorito JORNADA NAS ESTRELAS – PRIMEIRO CONTATO (1996), mas a nova encarnação da tripulação de James T. Kirk, Spock e cia. faz bonito e promete dar nova vida à cultuada franquia. Os novos astros que incorporam a nova versão de STAR TREK, principalmente os que assumem os papéis de Kirk (Chris Pine) e Spock (Zachary Quinto), são bem parecidos com os originais. Quanto a nova Uhura, interpretada por Zoe Saldana, é bem mais bonita que a original. Uma gata. Quem eu não reconheci foi Eric Bana, que faz o papel do grande vilão do filme, Nero, que não põe fogo em Roma, mas faz pior: destrói todo o planeta Vulcano, como uma forma de se vingar de Spock, que teria causado um enorme mal à sua raça, os romulanos. Sua estratégia para se vingar de Spock é fazer uma viagem no tempo até o passado e encontrar a recém-formada tripulação da Enterprise tendo que testemunhar a destruição de um planeta inteiro, numa das melhores sequências do filme. Nessa sequência, o famoso recurso do teletransporte é utilizado de forma eletrizante. Assim como noutra cena em que vemos Kirk num país hostil, habitado por criaturas parecidas com insetos gigantes. Inclusive, a cena lembrou o fantástico TROPAS ESTELARES, ainda que sem a mesma carga de medo, perigo e violência da obra de Paul Verhoeven.
Outro mérito do novo STAR TREK é o fato de que é uma autêntica aventura, dessas de ação ininterrupta. O que de certa maneira pode até ter um efeito indesejado na vontade de agradar o público, pois chega uma hora que muita ação pode cansar, deixar o filme monótono. Por isso que ainda prefiro a primeira metade do filme, mesmo gostando também da segunda, com a tripulação da Enterprise enfrentando de fato os perigos de quem vai onde nenhum homem jamais esteve. Também de tirar o chapéu a maneira inteligente como os roteiristas deram um reboot na série. Utilizando o velho recurso da viagem no tempo, J.J. Abrams, ou quem quer que assuma o comando dos próximos filmes, poderá fazer qualquer mudança sem que isso perturbe a mitologia original, afinal, criou-se uma nova linha temporal, onde novas aventuras estão à disposição, sem tirar a essência da criação de Gene Roddenbery. E com a devida bênção de Leonard Nimoy, o Spock original.
Ah, e só agora eu fiquei sabendo de onde o Sheldon, de THE BIG BANG THEORY, tira o adjetivo "fascinating". :)
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