sexta-feira, agosto 12, 2005

HORA DE VOLTAR (Garden State)



Sabe quando a gente não sabe o que achou do filme? Se gostou, se não gostou? Se acha que o resultado foi satisfatório ou não? Pois é. Ainda não sei dizer o que eu acho de HORA DE VOLTAR (2004), estréia na direção de Zach Braff, mais conhecido pela sitcom SCRUBS. A minha primeira pergunta é: afinal, qual é a de Braff?

O mais óbvio de se entender é que o filme é sobre o despertar para a vida de um jovem rapaz. É a história de um sujeito (o próprio Braff) que vive feito um zumbi, tomando lítio todo dia, receitado pelo próprio pai, um psiquiatra. Mais na frente é que a gente vai entender porque ele começou a tomar a droga e o porquê do difícil relacionamento entre ele e o pai. A história do filme começa quando ele recebe um telefonema do pai, avisando que sua mãe morreu. Ele volta para sua cidade natal depois de tantos anos afastado, para ver o funeral da mãe. Lá, ele conhece uma jovem por quem se apaixona (Natalie Portman) e atinge uma espécie de iluminação, passando a ver o mundo com outros olhos.

Acontece que eu não fiquei totalmente convencido com o caminho que ele leva até a tal iluminação. O filme poderia ter nos guiado de uma forma que nós também nos sentíssemos maravilhados com a existência, compreendendo através de sentimentos o seu caminho percorrido. Acho que essa pode até ter sido a pretensão inicial de Braff.

Ainda assim, HORA DE VOLTAR é desses filmes gostosos de ver, com vários momentos de humor e outros mais melancólicos, recheados com uma trilha pop rock-alternativa para suavizar o sabor. Não posso dizer que eu não gostei da experiência de ver o filme. É até possível que com uma revisão eu enxergue coisas que eu não enxerguei antes. Quem sabe.

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