terça-feira, junho 14, 2005

A CASA DE CERA (House of Wax)



Chega aos cinemas mais um título da Dark Castle, produtora de Robert Zemeckis especializada em filmes de terror. Comparando com os outros filmes da companhia - A CASA DA COLINA, 13 FANTASMAS, NA COMPANHIA DO MEDO e NAVIO FANTASMA -, A CASA DE CERA (2005) se destaca como o melhor. O filme é bem sucedido em criar momentos de suspense e horror, lembrando em certos momentos a refilmagem de O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA, pela violência gráfica e pelos protagonistas jovens. O diretor, o videoclipeiro Jaume Collet-Serra, não economiza no gore, característica que até tem sido bastante comum nas últimas produções americanas de horror. Eu é que não vou reclamar. Bom, até poderia reclamar de uma coisa: tenho sentido falta de nudez feminina, dos filmes não terem vergonha de serem exploitation.

Na trama de A CASA DE CERA, grupo de jovens vai parar numa cidadezinha muito estranha, que parece estar vazia o tempo todo. O prólogo do filme é bizarro, lembrando produções dos anos 60. Não por acaso o clássico O QUE TERÁ ACONTECIDO A BABY JANE?, de Robert Aldrich, é uma referência explícita no filme - inclusive, o clássico de Aldrich tem uma de suas cenas exibida no velho cinema da cidade, numa das mais tensas seqüências do filme.

Elisha Cuthbert, belezura revelada na série 24 HORAS que brilhou na divertida comédia SHOW DE VIZINHA, é por si só um bom motivo para se sair de casa. Já Paris Hilton, nunca fui com a cara dela. Pra mim, sempre me pareceu uma riquinha filha de papai que quer chamar a atenção a todo custo, nem que seja na base da vulgaridade, vide o seu tão famoso vídeo de sexo que foi divulgado na internet. Felizmente, ela recebe o que merece nesse filme, tanto pelo papel quanto pela sua morte brutal.

Pra mim, a cena de mais puro terror do filme é a que mostra um dos rapazes ainda vivo, mas já transformado em estátua de cera, com as lágrimas rolando em seu rosto. Uma crueldade impressionante. Também perturbadora a cena em que um dos irmãos maníacos cola a boca de Elisha Cuthbert para que ela não possa gritar.

Pode-se dizer que essa nova versão é bem mais aterrorizante do que O MUSEU DE CERA (1953), de Andre De Toth, protagonizado pelo grande Vincent Price. Por falar no saudoso Vincent, ele é homenageado no filme: Vincent é o nome de um dos irmãos da "cidade fantasma". Mas vale lembrar que a trama do filme é completamente diferente das outras duas versões - a de De Toth, e a de Michael Curtiz, OS CRIMES DO MUSEU (1933). Lembrando que ambas as versões foram editadas no Brasil num único DVD e são imperdíveis. Mas indico também o novo filme, apesar da já tradicional burrice dos personagens em se meterem em roubadas.

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