EU, ROBÔ (I, Robot)
"Talvez os robôs sejam um pouco mais indivíduos do que os assim chamados indivíduos na multidão...porque justamente agora, no Japão, existem cem mil robôs - homens mecânicos - trabalhando nas fábricas. De repente, nos últimos dois meses, um estranho fenômeno está acontecendo. O governo está preocupado, os cientistas estão preocupados, e eles não foram capazes de encontrar qualquer explicação. Até agora os robôs tinham trabalhado silenciosamente; ninguém jamais pensou que eles iriam, de repente, começar uma rebelião. Mas dez pessoas foram mortas nos últimos dois meses."
(Osho, do livro "O Rebelde - O Verdadeiro Sal da Terra")
O sábado ontem foi bem legal. Festinha supresa para o Igor numa casa de praia no Pacheco organizada pela Valéria, reunião de maior parte da turma que estava no Reveillon de Jeri, festinha com músicas legais, um clima de confraternização e amizade no ar. E era impressão minha ou todo mundo estava mais bonito, principalmente as meninas? Como retornamos logo no domingo pela manhã, tive tempo de ver dois filmes no cinema em sessão dupla: EU, ROBÔ, de Alex Proyas; e FAHRENHEIT - 11 DE SETEMBRO, de Michael Moore. Vou deixar pra falar do filme do Moore depois, quando eu organizar melhor as idéias na cabeça.
EU, ROBÔ é melhor do que eu esperava. A fotografia meio azulada lembra dois outros filmes de Proyas, o interessante CIDADE DAS SOMBRAS (1998) e o estiloso O CORVO (1994). Pela primeira vez me identifiquei com um personagem de Will Smith. Primeiro porque quando ele acorda, ele sempre sente uma dor no braço e no ombro, como se estivesse com bursite. Logo, a sua vida, como a minha tem sido nos últimos tempos, é meio dolorosa de se viver, com o corpo nem sempre em harmonia. Outra coisa: o personagem de Will Smith, que é um detetive de polícia do futuro, odeia os robôs, como eu que ultimamente ando odiando o meu computador, cheio de spies e vírus e problemas. Ando desconfiado da tecnologia. A mim não custou antipatizar também os robôs do filme.
Na história, Smith é o tira chamado pra investigar a morte do cientista responsável pela construção e popularização dos robôs no país. Ele suspeita que o velho foi assassinado por um dos robôs, algo que nunca tinha acontecido antes - robôs nunca cometeram um crime.
O filme só não é melhor porque as cenas de ação às vezes ficam a cara de várias outras produções de Hollywood. Mesmo assim, algumas das cenas realmente ficaram muito boas, como a luta entre as duas gerações de robôs, por exemplo, ou a de Will Smith procurando o robô rebelde no meio de centenas de outros iguais. No geral, eu diria que o filme é muito bom. Pelo tom emocional de EU, ROBÔ e de O HOMEM BICENTENÁRIO, tenho a impressão que a obra de Isaac Asimov não chega a ser uma literatura fria e ligada essencialmente à ficção científica, mas obras que levam a reflexão do que é, em essência, o ser humano. Um dia eu pego um livro dele pra ler.
(Coincidência ou não estou ouvindo agora a trilha sonora de ANIMATRIX.)
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