quarta-feira, agosto 30, 2017

GAME OF THRONES - A SÉTIMA TEMPORADA COMPLETA (Game of Thrones - The Complete Seventh Season)

Uma pena que o ritmo mais agitado desta sétima temporada de GAME OF THRONES (2017) não tenha contribuído para que a série mantivesse a sua classe, na construção dos bons diálogos e da intriga política que faz com que a dança de cadeiras de poder seja não só interessante, como também intrigante. Infelizmente, a sétima temporada aproximou a série de uma aventura trash menos saborosa do que algumas temporadas de TRUE BLOOD, só para citar uma série vagabunda com estilo.

GAME OF THRONES foi ganhando uma popularidade tão grande ao longo dos anos que se tornou um ponto de encontro de muita gente em bares para assistir o episódio inédito, exibido simultaneamente no mesmo dia em muitos lares do mundo. Inclusive, essa popularidade fez com que a nudez e a violência gráfica, que eram marca das primeiras temporadas, deixassem de ser itens essenciais para chamar a atenção da audiência. Os próprios personagens e a trama em si já haviam ganhado o público.

Mas uma série de situações mal desenvolvidas afetou terrivelmente esta sétima temporada, que se caracterizou pela pressa e pela falta de noção espacial e temporal, e pelo mau cuidado com a direção e com o roteiro também. Para completar, a tendência da série atualmente é, agora que os núcleos estão cada vez mais diminutos, partir para a tal batalha contra os mortos-vivos, personagens que só empolgam os fãs de carteirinha da série mesmo, pois vilões de verdade, desses de deixar o sangue intoxicado de raiva, já passaram vários ao longo da série.

O primeiro episódio começa com empolgação, com Arya conseguindo se vingar de alguns de seus inimigos da lista negra usando a metodologia das máscaras da temporada passada, e partindo pra cima, agora toda poderosa e cheia de força. A intenção é matar Cersei. Mas, como ela sabe que seu irmão Jon Snow é agora rei do Norte, ela resolve fazer uma visitinha aos patrulheiros, sem saber também que lá já se encontravam dois de seus irmãos. Sim, os Starks finalmente se juntaram, depois de tanto sofrimento e perda.

Mas o que marca esta sétima temporada mesmo é finalmente o encontro de Daenerys com Jon Snow, uma reunião que muita gente acreditava que poderia rolar romance. E de fato rola. O problema é que não há um ritmo apropriado para que o tal romance entre os dois carregue o mínimo de tensão inicial antes de começar. Isso é ruim. De todo modo, são dois personagens queridos e tidos como heróis pelos espectadores, ainda que Daenerys consiga ser capaz de fazer coisas bem malvadas quando quer. Sem falar nessa irritante mania de querer que as pessoas se ajoelhem a ela, a toda poderosa.

A desculpa do encontro dos dois nem é bem uma desculpa, mas algo praticamente inevitável para a série: a união dos dois grupos para que juntos possam combater o tal exército dos mortos que está prestes a derrubar a muralha e penetrar no mundo dos vivos. E isso acaba gerando o que talvez seja o pior episódio da série: o penúltimo desta temporada, que mostra um grupo preparado para caçar um morto-vivo. Faltou ao roteiro uma melhor estruturação para que as situações, seja de ação, seja de diálogo, acontecessem. E isso resulta na possibilidade de que a oitava e última temporada seja a mais fraca de todas. Mas tomara que não. Tomara que eles consigam superar a má fase e surpreender novamente.

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