sábado, agosto 09, 2014

ILSA, A GUARDIÃ PERVERSA DA SS (Ilsa: She Wolf of the SS)



Alguns filmes exageram tanto na violência gráfica e no sadismo que acabam mesmo não sendo levados a sério. Mesmo assim, não dá para dizer que a produção canadense ILSA, A GUARDIÃ PERVERSA DA SS (1975) não tenha sido um tremendo sucesso, já que rendeu mais três continuações com a mesma atriz, Dyanne Thorne: duas "oficiais" e uma dirigida por Jesús Franco, em que a torturadora aparece morena e com o nome de Greta (embora o filme tenha sido vendido também com o título ILSA, THE WICKED WARDEN, de 1977).

Na década de 1970, com o apogeu dos exploitations, o cinema já podia brincar com as torturas nos campos de concentração em filmes como esse. O tempo ajuda a amenizar os traumas e fazer com que as coisas possam ser vistas até com senso de humor, embora ILSA, A GUARDIÃ PERVERSA DA SS seja um trabalho que tenha a força de acabar com o apetite de muitos ao mostrar experiências terríveis que essa torturadora de determinado campo de concentração faz com homens e mulheres.

Com homens, inclusive, ela adora levar para a cama alguns para depois cortar-lhes os pênis. No entanto, aparece um prisioneiro americano que é chamado lá e é capaz de levá-la a loucura. Numa espécie de variação da lenda de Sherazade, ele consegue se manter vivo e intacto ao oferecer sempre uma noite melhor do que a outra. Ajuda o fato de ele conseguir ficar duro durante uma noite inteira de muito sexo.

Entre as torturas apresentadas no filme, a pior talvez seja a que ela efetua em uma mulher que ousa desafiar a sua autoridade (e ainda incentiva uma fuga entre as prisioneiras). Porém, a que mais guarda requintes de crueldade é uma que acontece numa mesa de jantar, envolvendo uma pedra de gelo, uma mulher nua e uma forca. Essa é de doer o coração.

Mas tudo faz parte dos planos do filme de nos deixar bastante irados com a torturadora de grandes peitos e torcendo para que ela receba a pior punição. O problema é quando a história é finalizada, mas a bendita Ilsa aparece novamente – não se sabe como – em outro lugar do mundo, em outro filme, novamente para infernizar a vida de muitos. Afinal, a primeira produção deu muito certo e os monstros sempre reaparecem em continuações, como aprenderíamos tão bem na década seguinte.

Nenhum comentário: